terça-feira, 7 de junho de 2016


Morte

 

Longe do sentimento limitado

Da matéria em seus átomos finitos,

No limite de um mundo ignorado,

Celebra a morte seus estranhos ritos.

 

Hinos e vozes, lágrimas e gritos

Do Espírito, que outrora encarcerado

Contempla a luz dos orbes infinitos

Bendizendo a amargura do passado!

 

Ó morte, a tua espada luminosa,

Formada de uma luz maravilhosa

É invencível em todas as pelejas!...

 

És no universo estranha divindade;

Ó operária divina da verdade,

Bendita sejas tu! Bendita sejas!...

Cruz e Souza

 (Soneto recebido em Pedro Leopoldo a 21 de julho de 1935)

 

 

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