domingo, 8 de maio de 2016


O QUE É SER MAÇOM?
 
O que você diria a um amigo que tivesse convidado a entrar para a Ordem?
 
Esclarecimentos
 
– O que pensa de poder reunir homens que professam as mais variadas religiões, mas aceitam denominar o Ente Supremo como sendo o Grande Arquiteto do Universo e que concordam, a partir deste ponto comum, praticar a tolerância e nunca tentar impor a outrem sua religião e seus ritos? Curiosidade - O postulante à Iniciação não deve ser movido pela curiosidade ao pedir a sua admissão na Ordem. Mas sendo movido por um louvável desejo de saber que incita a penetrar os mistérios de uma Instituição venerável por sua antiguidade e sua universalidade, é ser movido por um motivo que não pode ser tachado de repreensível. É lembrado ao candidato a maçom que a persistência no caminho é o que traz a iluminação, e desencoraja o curioso a continuar. Se for a curiosidade o que motivou sua pretensão de tornar maçom, que volte ao ponto de onde partiu! Irmãos – Inexiste tratamento mais afetuoso que o de “Irmão”. Não só na nossa Ordem, mas em diversas irmandades e até espontaneamente, vários homens assim se tratam, mas, os ensinamentos que recebem dentro de nossos templos aonde a fraternidade impregna nossas atitudes, nos levando a sermos mais irmãos que os de outras confrarias. Através de caracteres próprios, estes homens identificam-se em qualquer parte do mundo, reconhecem-se como Irmãos e tratam-se como tal. Na Maçonaria, a Fraternidade harmoniza os seres por meio da parte espiritual; diz-se que os maçons são Irmãos porque provém da mesma Iniciação; morrem quando iniciados nos mistérios da doutrina maçônica para renascerem produzidos ou procriados por meio do germe filosófico que transforma integralmente a criatura, refletindo-se no comportamento posterior. A moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no amor ao próximo, e, nós não estamos mais próximos? Devemos sim, colocar os ensinamentos em prática dentro e fora de nossas Oficinas, buscando a essência da vida que o nosso Grande Arquiteto do Universo nos ensina. O bem-querer, a tolerância e a Fraternidade dentro da Loja transformam o homem em criatura dócil, espontânea e fiel, apta a desempenhar a cidadania no mundo profano. A rigor, o amor fraternal deveria estender-se a toda a humanidade; no entanto, ainda não estamos preparados para isso. E já que somos irmãos, primeiro por origem e depois por ideal, a fraternidade pode ser nossa bússola para a felicidade.
 
Fraternidade
 
– A Maçonaria é, antes de tudo, uma fraternidade. Os maçons não somente se tratam por irmãos, mas realmente como tal se consideram. Em todas as circunstâncias da vida profana, onde houver um verdadeiro maçom, aí estará a preferência de outro verdadeiro maçom. Sejamos fraternos, para recebermos a satisfação dessa virtude sublime. Ao sermos iniciado na Maçonaria, verificaremos que a palavra mais importante depois de “Grande Arquiteto do Universo” é o vocábulo “Fraternidade”.
 
A essência da Fraternidade é o Amor; os maçons dedicam muito amor uns para com os outros; é essa prática que funde o sangue para que haja no grupo uma só criatura. Fraternidade é uma associação fraterna usada para demonstrar que todos os homens podem conviver como se fossem Irmãos da mesma carne.
 
Uma família numerosa, com muitos filhos, esses não constitui uma Fraternidade, mas uma Família, pois os pais são incluídos no grupo. A Fraternidade Maçônica abrange tão-somente os membros de uma Loja. Maçonicamente interpretando, a Fraternidade apresenta-se de vários modos: a Fraternidade de uma Loja; a Fraternidade em uma Ordem; a Fraternidade Universal, também designada “Fraternidade Branca”.
 
A Fraternidade Universal abrange os maçons em vida e os que já se encontram no Oriente Eterno, ou seja, os que “partiram”, os que “desencarnaram”, os mortos. O candidato que passa pela Iniciação maçônica ingressa, após a sua aclamação em Loja, na Fraternidade maçônica, nos seus vários aspectos e de modo permanente. A Fraternidade implica obrigações e direitos; a parte ética e de comportamento é muito importante. São admitidas pequenas rusgas, como sucede dentro de uma família, mas com a obrigação de serem passageiras. O maçom tem o dever de tolerar esses incidentes e perdoar se eles tiverem sido mais intensos. Só pelo fato de estarmos filiados à Maçonaria, podemos nos considerar tremendamente privilegiado e suficientemente apto para prestar auxílio ao próximo.
 
Fraternidade é a síntese de todas as qualidades superiores que habitam no homem, tais como: saúde, liberdade, alegria, sabedoria, tolerância, bondade, amor, desejo de paz. Para a Maçonaria ela esteve sempre, à frente de seus ensinamentos, pois cada maçom sabe do dever que tem para com o próximo, dever esse que é executado com alegria e desprendimento, pois, não há felicidade maior do que a de fazer o bem ao próximo. A Maçonaria há séculos vem conduzindo seus adeptos para essa finalidade. Não devemos confundir Fraternidade com perfeição.
 
O homem pode ser fraternal e não ser perfeito, mas não poderá ser perfeito sem ser fraternal. A ideia da fraternidade implica na existência de uma grande família de que são membros todos os seres humanos. Para haver, pois, realmente fraternidade, a decorrência natural é a igualdade. Não pode haver fraternidade onde não houver igualdade. Como decorrência desses dois princípios, surge a Liberdade. A Liberdade é a condição do homem livre, que não deve e nem pode fazer aquilo que lhe impede a Lei Moral, mãe e fonte única do Direito.
 
Dentro da Maçonaria, o conceito liberdade tem sido sempre uniforme. Em todas as épocas e em todos os lugares se fundamentou, e se fundamenta e se fundamentará sempre esse conceito no princípio de Justiça Divina, justiça essa expressa na frase do profeta que determinou: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”.
 
“Esta é a Lei, e o resto é comentário”. Nesse princípio se baseia a liberdade verdadeiramente cristã e nele repousa a declaração dos direitos do homem e do cidadão. Concluímos, pois, que não pode haver fraternidade e, portanto não pode haver Maçonaria onde não houver igualdade e não pode haver igualdade onde não houver liberdade.
 
O decálogo Maçom
 
– A Maçonaria tem seu Decálogo, que é uma lei para seus Iniciados. Estes são seus Dez Mandamentos:
 
1.    Deus é a SABEDORIA Eterna. Onipotente e Imutável, INTELIGÊNCIA Suprema e Amor Incansável. Adorá-Lo-eis, reverenciá-Lo-eis e amá-Lo-eis! Honrá-Lo-eis praticando as virtudes!
2.   Vossa religião será fazer o bem porque é um prazer para vós, não simplesmente porque seja uma obrigação. Para que sejam amigos das pessoas sábias, obedecereis a seus preceitos! Vossa alma é imortal! Nada fareis para degradá-la!
3.   Guerreareis incessantemente o vício! Não fareis aos outros o que não quereis que façam a vós.
4.   Honrareis vossos pais! Respeitareis e homenageareis os velhos! Ensinareis os jovens! Protegereis e defendereis a infância e a inocência!
5.   Afagareis vossa esposa e vossos filhos! Amareis vosso País e obedecereis à suas leis!
6.   Vosso amigo será vossa segunda metade! O infortúnio não vos afastará dele! Fareis em sua memória tudo o que faríeis se ele estivesse vivo!
7.   Evitareis e fugireis de amizades insinceras! Refrear-vos-eis de todos os excessos. Temereis ser a causa de qualquer mácula em vossa lembrança!
8.   Não permitireis que paixões sejam vossos guias! Fareis das paixões dos outros lições de proveito para vós! Sereis indulgentes ao erro!
9.   Escutareis muito, falareis pouco! Agireis corretamente! Esquecereis as injúrias! Fareis o bem em retribuição ao mal! Não usareis indevidamente vossa força nem vossa superioridade!
10.               Estudareis para conhecer as pessoas; com isso, podereis conhecer a vós mesmos! Sempre buscareis a virtude! Sereis justos! Evitareis a preguiça!
 
Mas o grande mandamento da Maçonaria é “Dou-vos um novo mandamento: Amareis uns aos outros! Aquele que disser estar na luz e odiar seu irmão, ainda estará na escuridão”. (Albert Pike – Moral e Dogma do REAA).
 
 Ir.·. Valdemar Sansão

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