terça-feira, 3 de novembro de 2015



O PROSELITISMO

 

O prosélito era o pagão que abraçava o Judaísmo; hoje, em linguagem maçônica, prosélito seria o profano que acorre à Maçonaria. Em tese, a Maçonaria não efetua trabalho de proselitismo, ou seja, não “arregimenta” novos elementos para inicia-los nos Augustos Mistérios. A Literatura Maçônica não visa conquistar novos adeptos, mas tão somente ilustrar maçons e esclarecer os que não o são sobre seu trabalho. A Maçonaria pode considerar-se um imã que atrai as limalhas de ferro e as agrupa. O profano que é convidado por um maçom, de forma isolada, acede ao convite porque a sua atração é inata; sente o desejo de ingressar na Ordem; é uma aspiração mística. A Maçonaria não necessita ampliar os seus quadros; é o Grande Arquiteto do Universo que conduz a pessoa de quem deverá participar da Fraternidade Universal. Nem todos os convidados aceitam o convite; nem todos os iniciados permanecem na Ordem, somente os predestinados. O maçom, em especial o Mestre, deve sentir-se honrado por ter sido “pinçado” entre milhões para fazer parte da Arte Real.

 

. Ir.·. RIZZARDO DA CAMINO
 

QUALIDADES DE UM CANDIDATO

 

A condição exigida para que um candidato possa ser recebido maçom restringe-se a algumas palavras: “ser livre e de bons costumes”. Essa frase é consagrada nos rituais e cria certas confusões, uma vez que essas condições de “liberdade” e “moral” devem ser inatas no candidato e não serem obtidas por meio da Iniciação. Já foi dito que todo candidato representa um “risco” para o grupo maçônico e que o proponente deve atuar com toda prudência e com senso. O que se esquece é que, uma vez que o candidato supere as provas iniciáticas, ele deixa de ser candidato para ser Neófito, Recipiendário e Irmão. No entanto, as condições virtuosas iniciais devem ser duradouras e, assim, o maçom será sempre livre e de bons costumes, que é o mínimo que se exige para uma cidadania social e maçônica. A análise do candidato, para constatar se ele é livre, abrange uma série de pesquisas; não se trata da liberdade de compromissos, alguém em quem se possa confiar e receber no seio de uma família. É o noivo que deve apresentar no noivado as garantias para a felicidade perene da noiva. O maçom, durante o resto de sua vivência maçônica, deverá manter-se livre e de bons costumes.

 

Ir.·. RIZZARDO DA CAMINO

 

Fonte: Jornal do Aprendiz EDIÇÃO DE NOVEMBRO 2015 ANO VII Nº 77: PRODUZIDO PELA ARLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276

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