sábado, 21 de fevereiro de 2015


Maçonaria: alerta máximo.



A Academia Piauiense de Mestres Maçons, entidade sócio-cultural, sediada em Teresina, Estado do Piauí, composta de 99 Cadeiras, ocupadas por membros efetivos pertencentes a diversas categorias profissionais, todos Mestres Maçons regulares, de Lojas jurisdicionadas pela Grande Loja Maçônica do Piauí, filiados à corrente pensante da Instituição, diante de alarmantes dados estatísticos publicados na 8ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de novembro de 2014, repercutidos na mídia nacional, emite a presente nota de alerta à sociedade brasileira sobre o risco de extinção do país pela via da violência.

Isto mesmo! Extinção do país, enquanto nação democrática organizada.

O fenômeno da violência tem abrangência mundial, porém no Brasil assume proporções exacerbadas, bem acima dos limites toleráveis.

O quadro abaixo expressa, por si só, a dimensão do perigo:

I – 53 mil homicídios dolosos por ano;
II - 50 mil casos de estupros anuais;
III - l milhão de assassinatos, de 1988 a 2013;
IV – 11 cidades mais violentas do mundo, num ranking de 30 (dados da ONU).

Note-se que o número de assassinatos supera a quantidade de mortes em duas décadas de guerra no Vietnã.

Junte-se a isso os aterrorizantes casos de assaltos e furtos do cotidiano, que vão desde as favelas aos condomínios de luxo e já chegam às comunidades rurais dos mais longínquos rincões, de leste a oeste e de norte ao sul, bem como a inconcebível cifra de 526 mil mortes no trânsito e 2 milhões de feridos e mutilados, na última década, fruto do péssimo estado de conservação das vias trafegáveis, da deficiência na fiscalização, da imperícia, da imprudência e da irresponsabilidade dos condutores de veículos, que sempre contam com o “instituto” da impunidade. Falta também educação.

Famílias vivem aprisionadas em suas próprias residências, transformadas em “bunkers”, tentando proteger-se da tirania marginal, com a utilização de cercas eletrificadas e dispendiosos aparatos eletrônicos de eficácia mínima, enquanto a bandidagem, impávida, domina as ruas.

O Estado, criado para defender o povo e garantir a execução do Contrato Social idealizado pelo filósofo suíço Jean Jacques Rousseau (1717–1778), fracassou, vítima da inércia e da incompetência, convertendo-se em um autêntico Leviatã.
A sociedade em geral se mostra passiva, indolente e descrente da democracia representativa, em face do fisiologismo generalizado que assola os partidos políticos.
A maçonaria, protagonista de tantas lutas cívicas vitoriosas, atualmente se queda de forma reativa e contemplativa, vivendo da retórica de reminiscências heróicas de um passado remoto.

Diz o jornalista Paulo César de Oliveira, diretor da revista Viver – Brasil (novembro/2014):
“Os pacíficos não irão às ruas exigir ações concretas do Estado. Talvez os violentos, sim”.
Estaríamos, assim, diante de uma explicita inversão da lógica.

Não dá mais pra esperar!

O momento é de mobilização nacional!

Imperativo se faz que as forças vivas de todos os segmentos da sociedade brasileira empunhem as armas da inteligência, no sentido de barrar, com urgência, essa vertiginosa corrida rumo ao caos, sem arrefecer a batalha contra a corrupção, outro vírus letal que ameaça aniquilar a nação brasileira, antes que seja tarde. Tarde demais!

Teresina (PI), 13 de fevereiro de 2015.

O Conselho Diretor da Academia

Ernânni Napoleão Lima
Secretário Executivo

José Narciso do Monte
Diretor Institucional

Luís Carlos Martins Alves
Diretor de Secretaria

Osvaldo Pierotti
Diretor de Relações Pública

 

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