quinta-feira, 6 de maio de 2010

DESCRIÇÃO DO MAÇOM

“A escola maçônica tem um objetivo. O objetivo está no objeto, e o objeto é o homem”

Competência – A nossa humilde pretensão é atender a inúmeros “Irmãos não maçons” que nos consultam diariamente sobre o meio de como poderiam “alcançar um lugar entre nós”.

A única autoridade competente para falar sobre a Ordem Maçônica é o Sereníssimo Grão Mestre, cujo poder se apóia sobre a opinião dos Maçons que o estabeleceram.
O que citamos neste trabalho, não exprime em realidade, senão opinião pessoal, observada em três décadas de atividades maçônicas e o somatório de impressões que cremos ser verdadeiras. Ficamos felizes pelo sentimento que provocou nossa Iniciação entre os Maçons, porque foi a simpatia que a ditou, e, se a curiosidade de inicio nos atraiu, foi ao reconhecimento, que se deveu nossa apreciação pela Sublime Ordem.

Maçonaria – Há uma tendência manifesta da opinião de muitos em conhecer a Maçonaria, a única instituição clara, positiva, que poderia tornar os homens melhores e assegurar a paz da Humanidade. Quando os homens caminharem sob sua bandeira, se estenderão mãos fraternas. Esse é o sinal de que chegou o momento para levar a questão para o seu verdadeiro terreno.

A Maçonaria é uma Ordem, à qual não podem pertencer senão homens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz; impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um; proíbe no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política partidária ou religiosa; visa ainda, o aperfeiçoamento moral dos seus membros, bem como de toda a Humanidade. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.

A Maçonaria reproduz o que o espírito concebe e quer. Ela se exala doce e suave como o perfume; é rápida como o relâmpago, ou lenta como a nuvem; ela é alternativamente triste e melancólica como a noite; jovem e alegre como o dia; é caprichosa como a criança, consoladora como a mãe e protetora como o pai; é límpida como o amor e grandiosa como a Natureza. Quando ela está neste último termo, confunde-se com a prece, glorifica a Deus, e coloca no arrebatamento aquele mesmo que a produz ou a concebe. Não é compreendida senão quando nela Iniciamos. Não pede para ser aceita cegamente; ela apela para a discussão e a luz. Em lugar da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ela afirma não haver fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade. À fé, é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita do que se deve crer; para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender.

O homem - É o homem um ser essencialmente sociável. Quantos, porém, não se queixam de só encontrar na sociedade frieza e indiferença?
Sob qualquer aspecto em que é considerado, o homem é cheio de imperfeições. Essas imperfeições físicas ou morais fazem de alguma sorte, parte integrante de sua individualidade.
O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Interroga-se à consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele. Tem fé no futuro; por isso, coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Tem fé em Deus, em Sua bondade, em Sua justiça e em Sua sabedoria; sabe que nada ocorre sem Sua permissão e se submete, em todas as coisas, à Sua vontade. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seu interesse à justiça.

Em Maçonaria “homem livre” é aquele que não é escravo, nem servo, nem criado, servidor ou assalariado, enfim, aquele que não exerce profissão servil. Todo trabalho honrado é respeitado, mas é uma das regras mais antigas da Maçonaria, não admitir em seu seio aqueles que se ocupam de trabalhos servis.

Filosoficamente, o homem não é livre quando vive à mercê dos preconceitos. O preconceito deturpa a razão, oprime a consciência, faz com que se tome o bem pelo mal. É a causa de todas as idolatrias e o germe de todo o despotismo. O homem tende a libertar-se de todas as servidões, provenham elas da opressão ou de seus próprios vícios.

O que é Maçom? – Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de ilibada reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos, e aptos a reconhecerem os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.
Os maçons regulares, também ditos tradicionais, são aqueles que trabalham nas suas Lojas sob invocação de Deus, Grande Arquiteto do Universo, sobre o livro sagrado, o esquadro e o compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamento Gerais da Obediência. Tomam as suas obrigações sobre juramento, a fim de dar o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

Maçom é um homem instruído, de boa conduta, que não permite nenhuma má paixão vibrar em seu coração e também não admite em seu cérebro sequer uma idéia de injustiça ou de maldade, que procura sempre a Verdade e, por sua conduta ou honradez, se mostra um exemplo. O maçom é um estudioso que não se cansa de aprender, respeita todas as opiniões. É contrário a todas as opressões, ao humilde dá sua mão. Seus pensamentos acerca da Humanidade são puros e elevados.

O verdadeiro maçom é um homem de bem; pode-se reconhecê-lo por suas palavras e suas ações. Deus não se serve do mentiroso para ensinar a verdade.
Seus pensamentos e ações fazem aumentar a consideração, a simpatia, a confiança e o amor, mantendo a benevolência, porque só se colhe o que se semeia. O que pensa dos outros, eles pensam dele. Cumpre-lhe, pois, enviar os pensamentos que deseja que lhes devolvam.
O objetivo final de todo Maçom é alcançar a perfeição, da qual a criatura é capaz; o resultado dessa perfeição é o gozo da felicidade suprema, que lhe é a consequência, e a qual chega, mais ou menos prontamente segundo o uso que fazem de seus diferentes graus de adiantamento. Em qualquer causa atua como justo, embora suas ações sejam discretas.
Os maçons não são homens excepcionais. São homens comuns em um mundo em movimento. Homens com aspirações como quaisquer outros. Diferem por uma poderosa vontade, e uma vontade vigorosa é a mais poderosa de todas as forças, e agindo harmonicamente na ação direta sobre as pessoas que os cercam para alcançar um objetivo único: o progresso universal. Muitos, enganados pelo orgulho, supõem que têm uma vontade muito forte, porém, o homem calmo e comedido em todas as ocasiões da vida, por muito violentas que sejam, é o que demonstra possuir uma vontade poderosa. Isso se prende a que, sobre a Terra, vêem-se sempre mais máscaras do que rostos, e que os olhos ali estão obscurecidos pela vaidade, pela cobiça, pela farsa, interesse pessoal e todas as más paixões.
Considera o lar, um Templo. O maçom é um homem que se realiza através da compreensão, da tolerância, da prática das virtudes; homens que chegaram à conclusão de que a Fraternidade entre os homens começa com o homem na fraternidade.
Para um maçom “regular” a sociedade só será mais perfeita se isso decorrer do processo de aperfeiçoamento individual; cada qual é juiz de si próprio, e de sua consciência.
Para ser maçom não basta uma auto proclamação. É necessário que “os seus Irmãos o reconheçam como tal”, isto é, é essencial que se tenha sido Iniciado, por outros maçons, cumprido com as suas obrigações de maçom, esotéricas, simbólicas e as materiais, e que se integre numa Loja regular. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor à Pátria, a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas; consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas. Os Maçons devem-se, mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio, indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.
Enfim, compete-lhes ser atencioso para com os fracos, desesperados e injustiçados; levantar-lhes o moral e mostrar-lhes a vida sob um aspecto mais risonho excitando-lhes o ânimo.
Valdemar Sansão – M.’. M.’.

PS – Os interessados que se julgarem aptos, por favor, se apresentem, pois a Maçonaria necessita de tais homens. Esperemos por encontrá-los.

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