segunda-feira, 23 de julho de 2018


Podia Ser
André Luiz

A velhinha que vimos, vergada ao peso do sofrimento, não é aquela benfeitora que nos ofertou o berço na Terra, no entanto, podia ser.
O trabalhador abatido que passou esmagado de angustia, não é aquele amigo respeitável que nos serviu de pai no mundo, mas, em verdade, podia ser.
A criança desditosa, que renteou conosco na via pública, não é nosso filhinho, contudo, podia ser.
O mendigo cansado de abandono, relegado à incerteza da rua, não é pessoa de nossa casa, entretanto, podia ser.
O doente caído em desamparo e cujo martírio orgânico nos inclina a pensar nas desventura dos que vagam sem teto, não é nosso parente consanguíneo, todavia, podia ser.
Diante dos que choram e sofrem coloquemo-nos, de imediato, em lugar deles, e saberemos compreender que toda migalha de bondade e alegria é talento de luz.
Caridade é bênção de Deus em movimento constante.
Hoje é a nossa hora de dar, amanhã será o nosso dia de receber.


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