quarta-feira, 13 de junho de 2018


A Ingratidão 


Conta uma lenda Judaica:

Uma certa vez um homem foi condenado à morte. Na prisão, este homem foi acertado por muitas vezes com grandes pedras atiradas por carrascos. O réu suportou em silêncio o terrível castigo. Nenhum grito se ouviu dele. Na sua condição, compreendia que a desgraça havia caído sobre ele e que seus gritos de nada serviriam.

Passou por ali um homem que havia sido seu amigo. Pegou uma pequena pedra e atirou na direção do condenado. Somente para demonstrar que não era do seu partido. O pobre condenado, atingido pela diminuta pedra, deu um grito estridente.

O rei, que assistia tudo, ordenou que um dos seus lacaios perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela pequena pedra, depois de haver suportado sem se perturbar as grandes.

O condenado respondeu: as pedras grandes foram atiradas por homens que não me conhecem, por isso me calei. Mas o pequeno seixo foi jogado por um homem que foi meu companheiro e amigo. Por isso gritei. Lembrei de sua amizade nos tempos de minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontro em desgraça.

O rei compadeceu-se e ordenou que o pusessem em liberdade, dizendo: solte-o, mais culpado do que ele era aquele que abandonara na desgraça.


Meus Irmãos, um relacionamento em que não há reciprocidade nos bons modos, dificilmente poderá evoluir além da tolerância. 

Conforme definição do dicionário, gratidão é o “reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um favor ou auxílio”. Em outras palavras, é alguém mostrar-se agradecido por aquilo que lhe foi dado como um benefício.

Se perguntarmos às pessoas se elas se acham ingratas, talvez por vergonha ou por não se dar conta disso, a maioria não admita tal característica em sua personalidade.

Quase sempre, a ingratidão é manifestada por meio de pequenas atitudes. Para quem é vítima desse destrato, tal ato é sinal de pobre retribuição ao carinho recebido e, na maioria dos casos, uma grande falta de educação.

Um relacionamento em que não há reciprocidade nos bons modos, dificilmente poderá evoluir além da tolerância, porque será regido apenas pelas práticas da boa educação.

Como já estudamos na escola, para toda ação há uma reação, entretanto, muitas vezes, parece que nos esquecemos dessa regra quando saímos das leis da física e entramos nas relações interpessoais. Dentro do convívio, ao percebermos constantes respostas de indiferenças e ingratidão da parte de quem prestamos algum favor, com o tempo, naturalmente, nosso interesse em continuar lhe ajudando diminuirá.

Por outro lado, os sinais de afabilidade, presteza e reconhecimento, manifestados em nossos diferentes níveis de relacionamentos, alimentam e potencializam o nosso desejo de estreitar os laços favorecidos pela convivência. Vamos aprendendo, pouco a pouco, com essa proximidade a aprimorar nosso modo de ser.

No que diz respeito aos nossos hábitos pouco virtuosos, tentemos nos encarregar de extirpá-los de nossa vida, já que não produzem bons frutos.

O bom entrosamento em nossos relacionamentos cresce à medida que as pessoas se dispõem a nutri-los com pequenos gestos de carinho. No entanto, quem insiste em fechar-se em si e em suas verdades, certamente, já deve ter percebido a superficialidade e a frieza do tratamento recebido e os poucos amigos conquistados. Isso acontece em razão da falta de interesse e reciprocidade destas em viver um vínculo mais profundo nos relacionamentos, além dos estabelecidos pelas situações exigidas no trabalho, na escola ou em outras atividades sociais.

Amar é um esforço que passa pela atitude de nos reconhecermos gratos por aquilo que recebemos. 

Não tenho dúvida de que a gratidão é a alma do relacionamento, o ingrediente que ajuda na construção de compromissos duradouros. Dessa forma, se não nos esforçarmos para dar uma resposta diferente aos novos desafios da convivência correremos o risco de esvaziar o nosso círculo de amizades e maior será o desgaste dentro dos demais relacionamentos já estabelecidos.

Transfira agora estes ensinamentos para a nossa Amada Ordem, à Maçonaria, à nossa Loja, e verás que a ingratidão, tem imperado. Ela se acostou devagar, entre irmãos, que pouco a pouco vai deixando o seio da mãe Loja, e dando as costas aos irmãos da Loja e os da Maçonaria.

Agora não tem mais tempo, não atende telefone, não responde e-mail,não convida mais para encontros e festas, enfim nos esquecem e nos evitam. Até ontem éramos tudo, hoje não somos mais nada.

A estes irmãos ingratos, deixo minhas lágrimas e meu pranto, pois sinto falta de sua voz, da suas palavras, da sua presença e de sua energia.

Irmão ingrato, sei que não somos perfeitos, se fossemos não trabalharíamos na pedra bruta, 24 horas do dia.

Irmão ingrato, volte...Mas, se não quiser voltar, lembre-se deste chato e velho irmão. Que te ama de verdade!

Um tríplice e fraternal abraço!

Ir:. Denilson Forato MI

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