Homem é Luz
Sinopse: A influência da Mecânica Quântica na
interpretação da Luz do homem maçom.
Matéria é energia. O contrário também vale! Toda
matéria é energia, fenômeno oscilatório neste Universo do Grande Arquiteto! O
espaço vazio deixou de ter significado na astrofísica, cosmologia, ciências
universais e conceito de coisas sólidas. Toda matéria é "nada" nas
conceituações da Física Atômica e Mecânica Quântica. O corpo humano é energia
"congelada" em certas circunstâncias.
O equilíbrio de massa (m) e energia (E) na fórmula
de Einstein, (E=mC²), define o comportamento dual do corpúsculo-onda, quando o
fenômeno oscilatório (E) e a matéria (m) da partícula são iguais ou a mesma
coisa. A mecânica quântica teoriza isto quando a massa se desloca em velocidade
equivalente ao quadrado da velocidade da luz (C²); C=299.792.458 metros por
segundo no vácuo; elevado ao quadrado resulta em 90.000.000.000.000.000 de
metros por segundo no vácuo, algo difícil de imaginar para o prisioneiro deste
planeta-lar Terra. A energia dinâmica, velocidade que possuem os fenômenos
ondulatórios é tão intensa que a matéria é apenas ilusão aos sentidos da
criatura. A concentração de massas, ditas desprezíveis, as partículas, é ilusão
proporcionada pelo movimento oscilatório da matéria-energia. Einstein não tinha
sustentação filosófica a suas deduções, então ele e cientistas coparticipantes
tiveram de aderir a conceituações filosóficas orientais para obter suporte a
ideia de que tudo é feito de "nada", de ondas de probabilidades.
Alguns ensaios filosóficos nesta direção já haviam sido efetuados por filósofos
gregos, onde os autores da Mecânica Quântica apenas consolidaram em teoria
científica que, matéria e energia são a mesma coisa debaixo de certas
condições. Mesmo na existência de aceleradores de partículas enormes como o
Grande Colisor de Hádrons, LHC, de Genebra, os cientistas ainda continuam no
campo da teoria. Mas isto autoriza especular que quando massa e energia
tornam-se um, conclui-se que a criatura é Luz. Sim, Luz! Luz é fenômeno
corpúsculo-onda, fenômeno oscilatório. Aquela mesma Luz que o homem justo e
perfeito vai buscar na Maçonaria. O homem vai à busca de si mesmo, de sua
essência, ou do "nada" de que é construído e encontra explicação para
sua existência.
O Grande Arquiteto criou o Universo do
"nada"; de fenômenos quanta, energia pura - campos elétricos,
magnéticos, gravitacionais - que constituem o "tudo" ilusório aos
sensores humanos, mas é o "nada" que existe fisicamente. "o ser
não existe; existe o nada" (Górgias). Esta "nada" não tem
consistência, é vazio de matéria, mas é formado de energias intensas. É
"nada" do ponto de vista ilusório a que o homem é submetido, mas é
"tudo" para aquele que tem a capacidade de "ver" os
diversos campos energéticos interagindo entre si.
Na medida em que a mente evolui, progride também a
consciência sobrenatural e espiritual. "O caminho da verdade é o caminho
da razão" (Parmênides). Esotérico e sobrenatural é tudo o que se liga à
ação do Criador em atos que a criatura ainda não tem como medir. São fenômenos
que ficam fora do alcance de compreensão da criatura, mas podem ser sentidas e
é parte do Universo. A concepção quântica da matéria transforma em ciência a
visão mágica da coisa oculta. Escondida sim, mas apenas até ser desvelada.
Esotérica porque ainda jaz oculta, voltada para dentro do círculo restrito de
iniciados. Estes sensitivos já sentem o fenômeno há milênios sem poderem provar
suas percepções numa ótica científica. Para isso o maçom filosofa dentro da Maçonaria
Especulativa de tal modo a lhe sobrevir a compreensão repentina, em geral
intuitiva, de suas próprias atitudes e comportamentos, de problemas, de
situações ou de explicações para sua existência e tudo que decorre desta
efêmera vida.
Um exemplo de indefinição é o espírito da criatura,
a força ativa que sustenta a vida. Este espírito é parte do Universo, fenômeno
ondulatório, talvez uma forma mais sutil de energia. No entanto, o contato com
energias mais tênues leva a interpretações quânticas, físicas. Existe a
realidade quântica que, em resultado da limitação planetária do ser, está
congelada como manifestação de baixa ou alta oscilação que a impede de ser
percebida pelos sensores naturais. A audição pode ser usada para exemplificar:
os tímpanos percebem entre 20 Hz e 20000 Hz - significa que as oscilações
mecânicas fora desta faixa de frequência não existem? É claro que existem!
Apenas não são percebidas pela audição humana. O que o homem carece é de
dispositivos artificiais que lhe aumentem a capacidade de perceber frequências
de qualquer espécie fora de sua limitação física.
Experiências de laboratório para medir o
"sopro da vida" estão em andamento. Apenas não saíram do campo da
experimentação porque os dispositivos de medição e detecção deste fenômeno
ondulatório exigem mais sensibilidade. Para onde migra a essência vibratória,
espírito da criatura após a instalação da inatividade não é mistério!
Religa-se, volta de onde foi tomada. "tudo está em tudo"; "em
cada coisa há parte de cada coisa" "nada vem do nada nem vai para o
nada" (Anaxágoras). Estamos conscientes das leis de conservação da
energia. Matéria nunca deixou de ser energia: a lenha, quando queima, passa de
uma forma de energia para outra. A força ativa, ou espírito, que dá animação ao
ser, vibra numa frequência que ainda não conseguem medir, a exemplo das
frequências imperceptíveis ao tímpano humano.
Todo o Universo é resultante de constante pulsar
energético. A oscilação universal é equilíbrio de forças, de energias.
Heráclito afirmou que "tudo é um" e "do um deriva tudo" e
que desta harmonia na unidade se encontra a "unidade dos opostos", é
o "princípio" ou Deus ou o divino. Não convém arriscar a definição da
divindade como fenômeno ondulatório porque esta resulta em discussão vazia e
sem propósito. À semelhança dos Iluministas, discutir a essência de uma
Entidade desta magnitude é inútil dada à limitação do conhecimento humano.
Basta percebê-Lo com a razão e a sensibilidade espiritual que já está de bom
tamanho. A razão, componente material, diz que para haver "ordo ab
chao", ordem no caos, há necessidade de uma Mente Orientadora, física, de
outro lado, a espiritualidade, espírito é a componente energética, oscilatória,
demonstra que Ele existe e ama suas criaturas.
A dualidade é percebida há muito pelo homem,
principalmente nas culturas onde o conhecimento desenvolveu-se livre, como a
cultura oriental. O mundo ocidental já absorveu algo da filosofia oriental;
hoje, o "Avatamsaka-sutra" e o "Yin" e "Yang" do "Tao
Te Ching", são parte do cotidiano do pensador ocidental com sua dicotomia,
a divisão lógica de um conceito em dois outros conceitos, em geral contrários,
que lhe esgotam a extensão. Sem a oscilação universal as dualidades presentes
no comportamento, psique, moral, ética, etc. Não seriam perceptíveis - nada
seria percebido sem o oposto. Onde não existe oposição, contrário, ou está
morto ou não é perceptível aos sensores disponíveis. Isto é parte da
constituição elementar do Universo.
Interprete-se a morte apenas como ausência de movimento.
Em verdade a morte da criatura foi usada apenas como símbolo de inatividade,
entretanto, é quando se manifesta intensa movimentação e mutação - daí ser
usada como símbolo de purificação nas diversas iniciações da Maçonaria. A mente
humana só percebe fenômenos onde existe dualidade, oscilação porque isto é
característica de sua constituição em todos os sentidos. Percepção, indução,
intuição dos fenômenos oscilatórios é questão de ponto de vista e de
sensibilidade individual, mas consistem de fenômenos oscilatórios. O Universo é
percebido porque está vivo, vibra, treme, oscila. Gaia é conceito de planeta
vivo e que chamamos Terra. Estar vivo é manifestação de fenômeno oscilatório.
Movimento é energia. Luz é energia. Matéria é energia. O animal vivo ou seu
corpo morto é energia em todas as suas componentes. O homem como ser vivente e
transcendente é Luz! Energia!
O maçom deixa de produzir em si e refletir a Luz
quando não se modifica. Nas vezes em que não frequenta as sessões onde seus
irmãos o podem influenciar para o bem ele deixa de alimentar suas energias
nucleares, carregar suas baterias, resultantes do toque ou até da proximidade.
Maçom ausente não é reconhecido maçom! Não são apenas os outros maçons que não
o reconhecem como tal, mas ele mesmo fica impossibilitado de reconhecer a
emanação de sua Luz, visto como fenômeno ondulatório sutil. Sendo ele
constituído de energia, o seu absentismo o afasta dos corpos energéticos de
seus irmãos, passando a não beneficiar-se da fraterna e modificadora convivência.
O contato com os fenômenos ondulatórios de outras pessoas revela segredos
profundos do Universo, muito mais efetivas que as falsas realidades que o
sistema e atividade social oferecem. A convivência intensifica a unidade com o
todo que o rodeia e de onde o homem é originário, e por extensão, com o
Universo. Não tem nada de mágico, o templo onde se reúnem os maçons é local que
mantém memória magnética, remanência, resiliência, de forças energéticas
poderosas emanadas do pensamento e de cujos aspectos quânticos os maçons
aproveitam-se para atravessar portais para outras realidades.
Também é prejudicial ao autodesenvolvimento ou
iluminação do maçom tudo o que contamina a Luz da convivência com outros
maçons, como interesse financeiro, comércio, poder, usura, benefício mútuo,
lobby, vaidade, indisciplina. Isto vem na contramão da intenção da ordem
maçônica propiciar o caminho para a Luz. A própria Maçonaria admite a
existência deste malefício em suas colunas quando o Ritual do Aprendiz Maçom
afirma que a Ordem Maçônica hodierna tornou-se "sociedade de auxílio e
elogios mútuos, com inclinação para a ação política militante, regida por
princípios de moralidade barata e movimentada por interesses
inconfessáveis". Para viver bem é essencial a adesão a preceitos morais e
éticos que tornam a vida agradável de ser vivida e minimizam a agonia da crise
existencial, tornando a passagem pelo mundo ilusório da vida física mais
agradável e prazerosa. "Todo país da Terra está aberto ao homem sábio,
porque a pátria do homem virtuoso é o Universo inteiro" (Demócrito). É a
razão de uma loja ser a união de pessoas de bons costumes reunidos em
fraternidade Universal. Explica a inutilidade ao desperdiçar energias com
assuntos profanos, fúteis, desnecessários, carentes de valor universal. Ensina
a bem direcionar a Luz de cada maçom é portador.
A amizade, que é filha do amor, é um dos
sentimentos que mais contribuem para alimentar a energia da Luz. É dela que
efluem energias que emanam do Universo e de sua constituição energética. A amizade
é estreitada pelas energias que provém do toque físico. Os irmãos que estão
sempre presentes em loja trocam estes tipos de energias quando se tocam. É o
aperto de mão. É o beijo fraterno que os mestres maçons conhecem tão bem. É o
abraço fraternal em todas as ocasiões. O toque não é apenas agradável, ele é
necessário! A pesquisa científica confirma a teoria da estimulação pelo toque
como absolutamente necessária ao bem-estar físico e emocional. É ferramenta
terapêutica usada para aliviar dor, depressão e ansiedade. Estimula a vontade
de viver. Faz as pessoas se sentirem melhores consigo mesmas e com o ambiente
que as cercam. Desenvolve a linguagem corporal e a capacidade intelectual flui
com maior naturalidade.
Dentre os toques, os mais portáteis são o aperto de
mão e o abraço fraternal. O mais efetivo dos dois é o abraço. É ele quem coloca
coração perto de outro coração. Provoca mudanças fisiológicas que são
mensuráveis naquele que é tocado. É processo de troca de energias recíprocas,
são papéis intercambiáveis. Tanto aquele que dá um abraço como aquele que o
recebe trocam energias psíquicas e emocionais fundamentais de sua natureza
humana e originária de elementos tomados da Terra, do Universo. O abraço não
atribui culpas nem julga. É válvula de escape na sociedade reprimida onde, em
virtude de hipocrisias e falsidades, não se desenvolve o hábito de pedir apoio
emocional. Eleva a autoestima e faz seus adeptos sentirem-se dignos do amor. O
abraço não tem conotação sexual.
Se alguém não entende o valor do abraço, não é caso
de preocupar-se. Para alguns é muito difícil abraçar. Algumas vezes é
necessário construir primeiro uma confiança mais forte para fazer-se entender e
aceitar o poder que emana de um abraço. Para os maçons fica muito mais fácil
entender este valor, haja vista que quando se abraçam o fazem por três vezes,
quando não por três vezes três, ou nove vezes. O abraço é uma forma muito
especial de toque que contribui fundamentalmente na geração da energia
necessária à irradiação da Luz em qualquer empreitada que o homem se dedica. Os
mais antigos na ordem maçônica que o digam. Principalmente aqueles que já
permitiram que a Maçonaria penetrasse em si que se pronunciem.
Que todos os irmãos passem a se abraçar mais vezes
com seus pares, a qualquer hora, em qualquer lugar. E confirmem que o
sentimento de amizade é estreitado pelo abraço fraternal e é capaz de realizar
milagres. Se o Projetista criou o homem com um coração e dois braços para
abraçar, certamente deve ter, entre outros propósitos, a geração e difusão de
energias benéficas para facilitar a vida feliz neste maravilhoso paraíso ao
qual denominamos Terra. E que se tenha em mente que é do amor que verte a força
da Luz para prosseguir na caminhada pelos caminhos do Jardim do Éden.
A mais subida glória é dada à obra criava do Grande
Arquiteto do Universo, que de forma magistral criou "tudo" a partir
do "nada" físico propiciando meios para as criaturas se amarem uns
aos outros. De parte do amor do Criador o fluxo energético é tão intenso que
cada criatura a pode usar para manter boa saúde e muitos momentos de
felicidade. A criatura é livre! Livre para pensar e evoluir segundo um
pensamento maior. Só depende de a criatura utilizar-se das potencialidades
energéticas das quais a sua própria constituição física é parte. Já que tudo é
energia, vibra e oscila nas mais variadas frequências, convém trocar estas
influências com todo ser vivente que compartilha deste magnífico Jardim do
Éden.
Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, autor,
engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de
dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 62 anos de idade.
Bibliografia:
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Biografia:
1. Anaxágoras ou Anaxágoras de Clazômenas,
astrônomo e filósofo de nacionalidade grega. Nasceu em Clazômenas, Jônia em 499
a. C. Faleceu em 428 a. C. Filósofo pré-socrático;
2. Demócrito ou Demócrito de Abdera, filósofo de
nacionalidade grega. Nasceu em 16 de janeiro de 460 a. C. Faleceu em 371 a. C.
Da era pré-socrática que fundou a atomística e estudioso da matemática e
física, em cultura semelhante à Aristóteles;
3. Einstein ou Albert Einstein, cientista, filósofo
e físico de nacionalidade alemã e norte-americana. Nasceu em Ulm, Alemanha em
14 de março de 1879. Faleceu em Princeton, Estados Unidos da América em 18 de
abril de 1955 com 76 anos de idade. Notável investigador e criador da teoria da
relatividade;
4. Górgias ou Górgias de Leontini, diplomata,
filósofo, professor e sofista de nacionalidade grega. Nasceu em Sicília em 485
a. C. Faleceu em 385 a. C. Discípulo de Empédocles e de Tísias;
5. Heráclito ou Heráclito de Éfeso, filósofo de
nacionalidade grega. Nasceu em Éfeso, Jônia em 540 a. C. Faleceu em Éfeso,
Jônia em 470 a. C. Afirmava que tudo era feito de fogo;
6. Niels Bohr, físico de nacionalidade
dinamarquesa. Também conhecido por Niels Henrik Bohr ou Niels Henrik David
Bohr. Nasceu em Copenhague em 7 de outubro de 1885. Faleceu em Copenhague em 18
de novembro de 1962 com 77 anos de idade. Autor da teoria quântica atômica, que
altera vários conceitos da física clássica.
Data do texto: 01/06/2012.
Área de Estudo: Ciência, Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria.
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