O
escopo da Maçonaria: A educação dos sentimentos
Os
ensinamentos da Ordem Maçônica conduzem-nos para além do materialismo. Não encontramos
em seus padrões morais princípios questionáveis, que deixem um sentido dúbio em
nosso aprender. Tem o mesmo padrão dos ensinos de Jesus, quando elucidava: “Seja
o teu falar – Sim, sim. Não, não." Temos de compreender sua simbologia e para
entendê-la, somente é capaz, quem lutar contra si mesmo, deixando os lauréis e
louros do egoísmo e da vaidade à margem.
São
bastante comuns às dificuldades de tratar com seres humanos, diferentemente, de
quem trabalha com uma máquina que atende aos comandos de funcionamento. Estamos
matriculados numa Escola sublime que oferta-nos os instrumentos de combater nossas
imperfeições, ao invés de lutar contra o irmão incauto.
Em
todas as Oficinas encontramos irmãos centrados na humildade, na fraternidade, na
decência, no respeito, fiéis do bem, ao contribuir com a “Porta Estreita” (Virtudes)
que Jesus reporta, contudo, para os Maçons, essa porta representa o objetivo
capaz de superar nossas fraquezas infelizes que amiúde, nos corroí e afasta-nos da
humildade e do amor fraternal.
É fato. Nossos
bens materiais nos fascinam e, também, não nos pertencem, somos simples administradores dos patrimônios
físicos, inclusive de nosso corpo, que haveremos de prestar contas ao GADU,
após nossa passagem na Terra. Entretanto, nossa visão equivocada, fora de
prumo, permite-nos imaginar a tirania nos múltiplos aspectos, não só da apropriação
indébita, pois, não percebemos que nossas atitudes, nossas palavras, essas nos
definem, delineando um retrato de nós mesmos.
Relata
o Apóstolo Paulo de Tarso: “... mas nada é puro para os contaminados e
infiéis...” (Tito, 1:15).
É
verdade, conforme a Maçonaria nós não fazemos parte dela para progredir materialmente,
para aumentar nossas riquezas do mundo, e fracassado será aquele maçom que
assim se locupleta da Ordem e dos Irmãos, apagando sua Luz e possibilitando o embrutecimento
de sua alma, esquecendo que as dificuldades, aflições, expiações e provas
provocam a evolução moral e iluminam nossas almas. Só observar (São Lucas, 6:45),
“Onde estiver o vosso coração, aí estará o vosso tesouro.”.
Certificamo-nos,
com Allan Kardec, de que "todo homem de bem sabe que todas as vicissitudes da
vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita
sem murmurar.” Ainda, arremata André Luiz de que “É da Lei que cada alma
receba da vida de conformidade com aquilo que dá,...";
Conta
uma lenda romana, que o Apóstolo Paulo de Tarso, ao ser conduzido pelos
soldados para o seu martírio, onde iria cair sua cabeça, em local esmo, é
abordado pela cega Petronila, que lhe oferece um véu, na intenção de que na
hora lhe vendasse os olhos. Paulo não aceitou seu presente, bondosamente agradeceu
da oferta, e Petronila, mais tarde, ao colocar o véu sobre seus olhos, volta a
enxergar, recuperando a visão.
A
serenidade e a lucidez de Paulo de Tarso denotavam sua evolução espiritual,
onde diante dos sacrifícios que viveu, carregava em seu coração a certeza da
vitória sobre a morte.
O
grande e culto Saulo, o implacável perseguidor dos cristãos, na estrada de
Damasco, o Espírito de Jesus pergunta: - Saulo! Saulo! Porque me persegues? Após esse encontro, o convertido foi o maior responsável
pela divulgação do Cristianismo. Conhecedores
da lei de causa e efeito, podemos afirmar: “Que outro fim poderia caber a
Paulo, senão o do Martírio”?
A
Maçonaria é educadora, por excelência, convida aos maçons, elucidando: Busquem
a Verdade, estudem, amem e trabalhem em prol da felicidade da Humanidade. Nossa
matéria educativa e importante a ser trabalhada é: Que o amor transborde em
nossos corações e sejamos identificados como justos. Um dia possamos dizer: ninguém
tem nada que reclamar do agir dos maçons.
Um
dos conceitos ministrados pela Ordem Maçônica é o da imortalidade da alma,
derramando esperança para todos, em especial, aos humildes de coração, que se
emocionam quando ouvem o ensinamento crístico. “Amai-vos uns aos outros!”
De
uma forma jocosa, o nosso telúrico escritor paraibano Ariano Suassuna, quando
tomou posse, como imortal, na Academia Brasileira de Letras, disse à
reportagem: “O meu desejo era também ser imortal fisicamente.” Certamente, foi
uma brincadeira, pois a nossa essência espiritual foi criada pelo GADU para
viver para sempre, já o corpo é material e aqui permanecerá.
Segundo
o filósofo grego Epicteto, “O homem sábio é aquele que não se entristece com as
coisas que não tem, mas rejubila-se com as que têm.” Nós, maçons, pelos tesouros
maçônicos filosofal, temos a maior riqueza que o ser humano poderia
almejar.
Assim,
estamos sobre o crivo de uma Lei Divina, ou seja, a lei de Ação e Reação, vamos
colher aquilo que plantarmos. Plantou amor, colhe o bem. Plantou a dor, colhe
as lágrimas.
Saúde
e paz!
Walter
Sarmento de Sá Filho.
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