SALMO DA MAÇONARIA
Qual é o Salmo que pode
representar a nossa Ordem?
Certamente, a maioria pensou no 133, por conta de
sua leitura sempre presente nos trabalhos do REAA. Mas, é, realmente, ele a
“chamada de atenção” nos 33 Graus que compõem o Rito Escocês? É preciso lembrar
que, nos Ritos de York e Schröder, não há leitura. E nos trabalhos do Rito
Adonhiramita, a reflexão recaí nos versículos 6 a 9 do primeiro capítulo do
Livro de João. O importante é compreendermos o porquê da leitura. Então,
vejamos alguns detalhes interessantes: Por quê o nome de “Salmo”? Sua origem é
os Thehillim (hinos cantados em uníssono pelos hebreus), que, em desconhecida
época, começou a ser cantado, tendo como acompanhamento um instrumento de
cordas de forma triangular, chamado “SALTÉRIO”.
Assim, nos primeiros acordes do
saltério, os presentes fechavam os olhos, puxavam as palavras pela memória e
projetavam a mensagem do texto no inconsciente.
Oh! Quão bom e agradável é
viverem unidos os Irmãos.
Pelos usos e costumes, a vinculação do instrumento com
os textos, fez com que Saltério também se tornasse o substantivo que designa os
150 hinos, que são os 150 Salmos. Dois pontos são interessantes para
esclarecimento e informação: Primeiramente, “Salmos de Davi” são apenas uma
versão mítica, pois há indícios históricos que alguns foram escritos mais de
100 anos antes de seu nascimento e alguns, décadas após sua morte. Por outro
lado, os salmos não são somente de “concórdia” ou Fraternais. Há os que tratam
do futuro Messias (Messiânicos), os de agradecimento (Gratulatórios), os que
expõem as nossas mazelas (Deprecatórios), os para pedir perdão (Penitenciais),
os que contam a história do povo (Históricos) e os para louvar a Deus
(Laudatórios).
Então qual seria o Salmo da Maçonaria?
NENHUM. MAS, PARA OS
MAÇONS, SÃO TODOS! A CADA AMANHECER, TEMOS A OPORTUNIDADES DE “CANTARMOS” COM
AÇÕES A NOSSA FRATERNIDADE, NOSSA HISTÓRIA, NOSSA FÉ, NOSSO AGRADECIMENTO,
NOSSA VONTADE DE MELHORAR E DE NÃO MAIS ERRAR. É HORA DE LOUVAR, POIS O SENHOR
ORDENA A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE. Este artigo foi inspirado no livro A
TROLHA – COLETÂNEA 8 (vários autores), que na página 137, há uma interessante
instrução:
“A forma geralmente usada na poesia dos salmos se chama
“paralelismo”, que é a repetição de uma ideia, com outras palavras na linha ou
nas linhas seguintes. É a repetição de ideias de estrofe a estrofe. Este
paralelismo, nas suas várias formas, e a riqueza de comparações, é que dão
graça e beleza à poesia hebraica” (Irmão Hélio Macacchero Jr.) Neste décimo ano
de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de
Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos
incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como
ferramenta de enlevo - cultural, moral, ético e de formação maçônica.
IR.·.
SÉRGIO QUIRINO
JORNAL
DO APRENDIZ nº 93
E-mail:
quirino@roosevelt.org.br
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