Os
maçons se reconhecem!
Walter
Sarmento de Sá Filho
Na
Maçonaria, o caminho da virtude é delineado com a finalidade para nele caminhar,
sem medo, nem ódio, entretanto, ao divisarmos a luz, na iniciação, certamente
não será fator determinante da posse intrínseca da luz, do amor e da sublime
inteligência. Do mesmo modo, alguém ao concluir um curso superior, não
significa esteja apto a exercê-lo com conhecimento e sabedoria, face da negligência
no decorrer do curso acadêmico.
Haveremos
de convir, por motivos de algumas exceções em nossas vacilações, despreparos no
âmbito moral, ou seja, das íntimas intenções nas reservas morais, após
explicações, ocorre e, é perceptível que, as fixações da amizade imortal não
são concretizadas nos ditames da honra e da decência. Tais casos, esporádico,
não amaldiçoaram, pois compreendemos que os mesmos continuam sem possuir a luz,
distantes do objetivo do bem, do bom e do belo, por si só, já determinam seu
afastamento da sublime Instituição.
O
maçom Benjamin Franklin, registra que: “Quando somos bons para os outros, somos
ainda melhores para nós mesmos”.
Na
Maçonaria, observamos um antigo preceito: “O corcunda aonde vai, leva a
corcunda”, a nossa personalidade é única, “cavar masmorras aos vícios e
levantar templos à virtude”, determinante no maçom, contrariando a citação do
pastor inglês Leonard Ravenhill (1907-1994) que afirmou:
“Em cada um de nós existem três pessoas: a que nós achamos que somos; a que os
outros pensam que somos; e a que Deus sabe que somos.”.
A
superioridade moral do Maçom é fator determinante para seu conhecimento. O
verdadeiro iniciado na Ordem não é orgulhoso, nem egoísta, mas consciente de
sua imperfeição, tem noção da responsabilidade da luta interna que trava para
aumentar seus talentos, conhecedor de que nada sabe e após travar essa batalha
contra suas imperfeições, no porvir, almejará sentir o GADU. Dando-nos o aval
de que o verdadeiro maçom não precisa espalhar que é maçom, onde ele estiver,
será reconhecido como maçom, além do mais é consciente de que o “tempo” é o
grande Senhor da Verdade, quando: “Desmascara as aparências, revela a mentira e
expõe o caráter”. É como escreve o amigo, jornalista e maçom Hélio Zenaide:
“Quem viver, verá”.
Nossa
visão é limitada com relação à misericórdia de Deus, entretanto, com firmeza e
boa vontade poderá dispor de uma visão mais dilatada, desde que sejam colocados
nos corações; olhos de bondade, de amor e de beneficência, sem outro interesse,
senão de auxiliar e beneficiar ao próximo. Denotando, a partir desse trabalho a
compreensão nos atributos do GADU de Justiça e Bondade é Lei Divina, não é
questão de entendimento.
Uma
das características mais palpáveis, dentre tantas, no verdadeiro Maçom são a
sinceridade, a bondade e o desprendimento dos bens materiais, pois é
determinante para que tenhamos consciência de que só existe um único Ser Perfeito
que é o GADU. Também, nos ensina Jesus, quando certa feita afirmou ao
qualificarem-No com o adjetivo de bom, ao que Ele respondeu: “Bom, é o meu Pai
que está nos céus”.
O objetivo
da Maçonaria é transformar-nos em seres melhores, mais humanos, mais simples e
alavancar a Verdade do “eu” interior, abandonando as aparências e fazendo
brotar a felicidade em sendo nós mesmos. Sempre devemos mostrar aquilo que somos
e não aquilo que ainda não somos. Aliás, representa um sofrimento cruel,
mostrar amor e bondade, quando nosso coração ainda carrega o sentimento pudico
da inveja, da paixão, da falsidade e da maledicência.
O iluminista e maçom francês Voltaire assim definiu: "A
Maçonaria é a Entidade mais sublime que conheci. É uma Instituição Fraternal,
na qual se ingressa para se dar e que procura meios de fazer o bem, exercitar a
beneficência, como um dos processos para se conseguir a perfectibilidade
objetiva. Será extraordinariamente esplêndido se a maioria dos gênios da ação e
do pensamento pertencerem à Maçonaria”.
Nossa
conduta íntegra representa a única garantia de que somos filhos da Luz, adotando
conceitos de perseverança no bem e, sobretudo, o altruísmo representar nossa
bandeira de trabalho. Podemos denominar maçom aquele irmão que honra todos os
compromissos assumidos em Loja. Caso contrário, seremos simples encenadores.
Muitos ao ouvirem a Verdade, ficam revoltados e ferem com palavras descabidas e
inconsequentes quem tenta ajudar. Fez-nos recordar um pseudomaçom.
A
tolerância é um dos atributos do maçom, tendo como obstáculo a supervalorização
do ter, consequentemente, perdemos o privilégio de nos olharmos com os olhos de
Jesus.
Nós,
maçons, somos conscientes de que estamos distantes do GADU, nosso Pai de
infinita misericórdia e bondade, contudo, é nosso dever reconhecer a urgência
de adquirir o pedestal da humildade e da fraternidade, para não comprometer a
sublime e santa Maçonaria.
Em
1809, o maçom Johann Henrich Bernhard Draseke, da Prússia, falou em sua Loja o
seguinte: "Poderá ser destruído este
Templo, mas não os nossos corações. Poderão proibir nossos encontros, mas não
nossa unidade em espírito. Poderão nos proibir de dizermos que somos maçons,
mas não que nós o somos. Seja bendito Templo Maçônico. Tu és, quando todos
estiverem acorrentados, o único lugar de liberdade nesta Terra desolada.”.
Igualmente,
a identificação de um maçom não será pela sua fala, pela sua arrogância, pela
sua força física, pelos seus títulos acadêmicos, nem pelo seu patrimônio, mas
será reconhecido, facilmente, pela sua lisura, pela palavra empenhada e
cumprida, pela honradez, pela honestidade, pelo exemplo da sensatez e pela fraternidade
praticada para com todos.
Assim,
a união fraterna dos maçons representa, essencialmente, princípios espirituais,
éticos e morais, resplandecentes como conscientes e lúcidos Obreiros (AMICUS PLATO,
SED MAGIS AMICAVERITAS*) reunidos pelo bem em prol da humanidade, alicerçado
com a argamassa imortal de Buda que asseverou: "O ódio não termina com
o ódio, mas com amor".
*
(Estimo Platão, mais estimo ainda mais a verdade) - Tradução
do latim.
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