Conceito
de Liberdade Maçônica
Charles Evaldo Boller
Sinopse: Limites da
liberdade responsável do maçom; liberdade absoluta do pensamento.
"Artigo
quinto: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade" - (Constituição Brasileira, 1988).
"A
Maçonaria é uma instituição filosófica"; "o caráter principal do
maçom é ser livre e de bons costumes"; "O objeto essencial da
Maçonaria é, na verdade, sua ação moral"; "Maçons fazem um estudo
sereno e sério dos fenômenos históricos da religião e política";
"trabalham para o advento de novas ideias"; "a inteligência é,
para nós, a mais perfeita manifestação da vida"; "... Onde o ensino é
permanente, não pela palavra do presidente e do orador, mas, principalmente,
pelo trabalho do adepto"; "A fecundação das ideias se faz no silêncio";
"A amizade fraternal, que liga os bons maçons, é o laço de união da ordem
maçônica"; - (Ritual do grau 15 do Rito Escocês Antigo e Aceito). O que
vem a ser liberdade maçônica? Em resumo, a liberdade maçônica preconiza o amor
fraternal como única solução para todos os problemas da humanidade: sinônimo de
liberdade; causa de igualdade; razão da fraternidade.
São três os
aspectos onde se desfruta da mais ampla liberdade: consciência, espiritualidade
e pensamento. Nenhum déspota pode mudar ou censurar o que se passa na mente do
cidadão. Legisladores podem escrever as leis mais perfeitas que estas são nada
perante a vontade individual. Apenas o próprio cidadão pode sabotar-se ou
libertar-se no recôndito de seus processos mentais; é o trabalho na pedra
bruta; o autoconhecimento. Daí ser lógico afirmar que a Maçonaria não dá nada
para ninguém; todo progresso pessoal é resultado de esforço individual e
intransferível. A liberdade jaz dormente na memória das pessoas, é parte do
projeto da criatura, basta uma leve provocação para despertá-la; é o que ocorre
nos debates entre os obreiros na sublime instituição. A Maçonaria entra com o
sistema, o local, as ferramentas; o adepto com sua alma, coração e mente.
Liberdade é resultado da convivência fraterna de pessoas em busca de sua
liberdade individual.
Liberdade
maçônica não é aquela em nome da qual já foram cometidos os mais perversos
crimes, opressão, desajuste social, desequilíbrio e desilusão. Liberdade
maçônica reside no pensamento. É nos processos cognitivos que qualquer cidadão
torna-se absolutamente livre. É isto que o sistema da Maçonaria tenta - poucos
o percebem - inculcar na mente de seus adeptos. É pelo pensamento que a
Maçonaria liberta o homem para sua função de edificador social. É do
pensamento, da conceituação deísta da Maçonaria, que nasce a noção, o conceito
de Grande Arquiteto do Universo, a síntese de liberdade absoluta e que permite
a convivência pacífica dos seres humanos. É pelo amor fraterno que o homem
torna-se digno do sopro de vida que anima seu trabalho sobre a superfície paradisíaca
deste lindo planeta azul, o qual se desloca numa velocidade vertiginosa a um
destino desconhecido. Cabe a criatura fazer parte nesta viagem pelo espaço
infindo desfrutando de liberdade absoluta em seu pensamento e de liberdade
relativa em suas relações com as outras criaturas da biosfera terrestre.
Bibliografia:
1. BRASIL,
Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República
Federativa do, Ritual do Grau 15 do Rito Escocês Antigo e Aceito, Cavaleiros do
Oriente, da Espada e da Água, Segunda Série de Graus Históricos e Capitulares,
primeira edição, Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito
para a República Federativa do Brasil, 64 páginas, Rio de Janeiro, 1925;
2. CAMINO,
Rizzardo da, Introdução à Maçonaria, Doutrina, História e Filosofia, ISBN
85-737-4876-1, primeira edição, Madras Editora Ltda., 431 páginas, São Paulo,
2005;
3. CAMINO,
Rizzardo da, Simbolismo do Primeiro Grau, Aprendiz, ISBN 85-7374-076-0,
primeira edição, Madras Editora Ltda., 188 páginas, São Paulo, 1998;
4. CHARLIER,
René Joseph, Mosaico Maçônico, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha
Ltda., 224 páginas, Londrina, 1995;
5. LACERDA
JÚNIOR, Luiz Antonio Grieco e, Maçonaria, Manual do Candidato, primeira edição,
Grande loja do Estado de São Paulo, 119 páginas, São Paulo;
6. PETERS,
Ambrósio, Maçonaria, Verdades e Fantasias, primeira edição, 252 páginas,
Curitiba, 1927;
7. RIGHETTO,
Armando, Maçonaria, uma Esperança, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha
Ltda., 160 páginas, Londrina, 1992;
8. SOBRINHO,
Octacílio Schüler, Maçonaria, Introdução Aos Fundamentos Filosóficos, ISBN
85-85775-54-8, primeira edição, Obra Juridica, 158 páginas, Florianópolis,
2000.
Data do
texto: 03/01/2011
Sinopse do
autor: Charles Evaldo Boller, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade
brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61
anos de idade.
Loja
Apóstolo da Caridade 21 Grande loja do Paraná
Local:
Curitiba
Grau do
Texto: Aprendiz Maçom
Área de
Estudo: Consciência, Cultura, Educação, Liberdade, Maçonaria, Moral, Pensamento
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