O RITUAL DO APRENDIZ
Ritual – Enquanto o Rito é a cerimônia estabelecida pela lei,
ou pelo costume, tendo um efeito religioso ou mágico, chama-se Ritual, em
Maçonaria, o livro que contém a Ordem, as fórmulas e demais instruções necessárias
para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. A adoção e
aprovação dos Rituais são da alçada das autoridades superiores do Rito de cada
Corpo ou Potência jurisdicional. O modo de abrir e fechar uma Loja, de conferir
os Graus, de instalar e desempenhar outros deveres constitui um sistema de Cerimônias
chamado Ritual. Grande parte desse Ritual é esotérico e por isso não deve ser
escrita, comunicando-se por instrução oral. Cada Grau tem o seu Ritual para
cada espécie de Cerimônia, havendo Rituais de Iniciação, de Banquetes, de
Adoção de Lowtons, de Confirmação de Casamento, de honrarias fúnebres etc. Na
Cerimônia de Iniciação o Neófito recebe seu exemplar do Ritual de Aprendiz Maçom
com a recomendação que o leia refletidamente, pois, por ele aprenderá o
Simbolismo Maçônico, sendo-lhe também alertado, que não se deve restringir-se
às explicações nele contidas, porque nossos símbolos podem ser encarados sob
múltiplos pontos de vista e, cada um deles, dá lugar a interpretações análogas,
porém diferentes entre si. A doutrina da Maçonaria é sempre a mesma. Seria
justo e desejável que o Ritual fosse perfeito e igual em toda parte. Isto,
porém, é impossível, como é natural, consola-nos, todavia, que embora as
Cerimônias, ou o Ritual tenham variado em diferentes períodos nos vários países,
a ciência e a filosofia, o simbolismo da Maçonaria continuam, e hão de ser os
mesmas onde quer que a verdadeira Maçonaria seja praticada. Na verdade até hoje
não se impôs uma uniformidade, pois cada Rito ou cada Corpo Maçônico tem
adotado regras preconizadas por vários doutrinadores. O melhor, por conseguinte,
é cumprir o que mandam os Rituais, em nome da disciplina que deve reinar na
Sublime Instituição. Instrução em Loja – Quando somos iniciados, por maiores
que sejam os nossos conhecimentos, por mais vasta que seja nossa cultura,
necessitamos dos conhecimentos alheios para começar a entender os postulados
maçônicos. Neste caso, de nada vale a intuição, uma vez que ela é inata,
gratuita, ao passo que a cultura maçônica - ritualística, filosofia, história –
só pode ser adquirida por meio de conhecimentos alheios e ainda na dependência
da vontade, do esforço e da possibilidade de cada iniciado. Apresentação de
trabalhos – Antes de se iniciar o estudo da 1ª Instrução, o Aprendiz deveria
fazer uma análise, o mais completa possível da Câmara de Reflexão, fazendo um
comentário escrito (trabalho) de tudo o que ali aparece. O Aprendiz, em
princípio, para elaborar um bom trabalho necessita ter à vista uma relação de
abreviaturas, que não tem capacidade de entendê-las, e melhor seria um bom
dicionário maçônico. Temos combatido a maneira como são dadas as instruções em
Loja, ou melhor, somos contra a maneira como as Instruções são, na maioria das
vezes, comentadas. Não raros são comentários sem nenhuma consistência lógica,
com rodeios descabidos, mostrando que o Mestre não estava preparado para mostrar
o sentido exato do tópico por ele, supostamente, analisado. A análise de um
tópico de uma lição deve ser direta, clara, sem enxertias descabidas, sem os
tremendos “eu acho”, e sem as costumeiras críticas aos Rituais.
Manuais - Existem grande quantidade de manuais maçônicos em
que é resumido, com mais ou menos acerto, tudo o que diz respeito à Ordem.
Refletem, geralmente, os conhecimentos maçônicos do autor, como também as
opiniões comuns, em sua época, sobre determinados assuntos. Quando em pé o
Obreiro deve permanecer sempre à Ordem salvo determinação do Venerável Mestre.
Deve manter o corpo ereto, com braço e pés em esquadria. (Manual de Práticas
Ritualísticas – REAA
(GLESP), Ir.'. Valdemar Sansão
Fonte: Jornal do Aprendiz, página 17, edição de maio de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário