De irmão para irmão
No caminho que
a treva encheu de horrores
Passa a turba
infeliz, exausta e cega.
- É a
humanidade que se desagrega
No apodrecido
ergástulo das dores!
Ouvem-se risos
escarnecedores...
É Caim que, de
novo, se renega,
Transborda o
mar de pranto onde navega
A esperança
dos seres sofredores!
É nesse abismo
de miséria e ruínas,
Que
estenderás, amigo, as mãos divinas,
Como estrelas
brilhando sobre as cruzes.
Vai, Cirineu
da luz que santifica,
Que o Senhor
abençoa e multiplica
O pão da
caridade que produzes.
Augusto dos Anjos
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