“MORAL E DOGMA” DE ALBERT PIKE
CONCLUSÕES
Moral e Dogma é uma obra com
profundo conteúdo teológico, inclinada ao dualismo próprio do Zoroastrismo e
das religiões tidas como abraâmicas, influenciadas por esse. Na verdade, o
dualismo está presente em praticamente todas as religiões e culturas. E a Maçonaria
também compartilha dessa visão das forças antagônicas. Mas é nas entrelinhas
que se pode enxergar nitidamente traços importantes da personalidade de Albert
Pike: sua crença cristã e sua descrença quanto aos políticos. 140 anos após a
primeira publicação, Moral e Dogma mantém-se atual, para não dizer ainda à
frente de nosso tempo. As passagens da obra que citam as personificações do
polo negativo, ou seja, Lúcifer, Satanás, o Diabo, ao contrário do que muitos
fanáticos tentam passar, apenas evidenciam a crença cristã de Albert Pike, e
sua tendência em escrever na linguagem teológica predominante na sociedade
norte-americana, de valorização da guerra espiritual contra o diabo, citando-o
constantemente, como muitas igrejas ainda fazem. Não há uma única passagem na
obra em que o autor realiza algum comentário ambíguo ou tendencioso a favor de
algo maléfico. Pelo contrário, a obra incita os maçons à observação de rígidos
preceitos morais e espirituais. Enfim, as acusações de satanismo são totalmente
falsas e infames, apenas tentativas hostis de atacar e prejudicar a Maçonaria.
Mas já estamos acostumados.
* Kennyo Ismail é Mestre
Instalado, atual Venerável Mestre da Loja “Flor de Lótus” nº38 da GLMDF. No
Rito de York, é Maçom do Real Arco, Super Excelente Mestre e Cavaleiro
Templário. É também um Nobre Shriner, membro do Almas Shriners. E como
pesquisador, é membro da Philalethes Society, da American Lodge of Research, da
Southern California Research Lodge e da Missouri Lodge of Research.
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