VISITAÇÃO MAÇÔNICA
Todo maçom tem direito a
visitar qualquer Loja em qualquer lugar e circunstância, como está no 14º
Landmark. “O direito de todo maçom visitar
e tomar assento em qualquer Loja, é um inquestionável Landmark da Ordem. É o
consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito
inerente que todo irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de
encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica
Universal” . Na
primeira visita é a curiosidade que nos conduz; queremos saber
como trabalham aqueles irmãos, será que conheceremos algum amigo naquela Oficina,
poderei usar da palavra, como me comportar entre irmãos? nos perguntamos. Tudo
é uma incógnita em nossa primeira viagem a
outra Loja. No cristianismo primitivo, as “novas” eram transmitidas, justamente através
da visitação. A visita é elemento necessário seja para a confraternização entre
grupos, seja para a ampliação do conhecimento ou
para criação e fortalecimento de novas amizades. Os discípulos e mais tarde os Apóstolos
percorriam todo o mundo, então conhecido, para o fortalecimento da Fé. Eles
sabiam como identificar uma igreja, um
irmão. Sob o ponto de vista esotérico o visitante não comparece sozinho em uma visitação;
junto a si está toda sua Loja incorporada espiritualmente. Ele conduz a força
vibratória dos irmãos que o fizeram embaixador. Ao
colocar o óbolo na Bolsa de Beneficência, estará não somente colocando a si próprio para a imantação de
seu óbolo, mas também a imantação de seu grupo. Uma vez dentro do Templo o
visitante, deve ser considerado como uma presença misticamente valiosa, como
uma dádiva e uma benção.
Creio que a visita de um
maçom a outra Loja, se assemelha a polinização
das abelhas espalhando
os frutos de amizade e boa vontade entre os irmãos. Ainda hoje compêndios e
livros, perdem-se nas digressões sobre o direito ou não de visitação. Esses são
preceitos exclusivamente administrativos e bitolados. Alguns mestres, Lojas, e até Obediência, ainda hoje, tentam desestimular a
visitação por aprendizes, alegando que só acompanhado de um mestre isso é
possível.
Sempre aprendi mais em visitas a outras Lojas, do que na minha própria,
haja vista que são ritos diferentes, novos irmãos que não conhecia. A maçonaria
não pode isolar-se dentro dos Templos
simplesmente em trabalho exclusivo com os membros de seu quadro. Se assim agir,
fenecerá e se autodestruirá. A Loja precisa “outras luzes”, “outras forças” e
“outros alimentos”.
Adaptado de : Visitação – do
Ir.·. Rizzardo da Camino
Ir.·. Laurindo R. Gutierrez/Loja de Pesquisas Brasil, de Londrina e Chico da Botica,
de Porto Alegre.
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