ESTRELA POUCO CONHECIDA
Na Idade Média, era prescrito que
os “Homens Livres”, para uma boa qualificação no exercício de suas profissões e
como pertencentes aos burgos em que habitavam, deveriam estudar as Artes
Liberais.
Assim, além de livres, eles se
tornavam de bons costumes. Sete são as Artes Liberais: Lógica, Gramática,
Retórica, Aritmética, Música, Geometria e Astronomia, esta, jamais confundida
com Astrologia.
Astrologia é uma arte que
pretende prever o futuro pela observação dos astros. Já, a astronomia é uma
ciência que trata dos astros e demais corpos celestes por meio da observação
sistemática. Nos labores maçônicos, o que podemos depurar disso são as
didáticas correlações simbólicas. A ciência nos ensina que uma estrela é um
corpo celeste produtor e emissor de energia e fonte de luz. Na Maçonaria, é
“vencer” as trevas. Ex: o Sol é o principal astro do Sistema Solar. Podemos
simbolizá-lo, portanto, no nosso VM. Simbolicamente, as estrelas nos transmitem
a mensagem de luz, conhecimento e verdade e todos seus desdobramentos, como
proteção, esperança e um ponto de referência/apoio. Assim, em nossos labores,
nos referimos às estrelas da Abobada Celeste, a Estrela de Cinco Pontas, a
Estrela de Davi, a Estrela Flamejante, cada qual com seu adequado simbolismo ao
grau do conhecimento e ao momento da ritualística. Mas há uma “ferramenta” que,
de certa forma, se encontra em desuso em nossos labores e, dificilmente, a
encontramos nas Lojas: Chama-se “Estrela”, nada mais do que um candeeiro com
uma vela, usado, juntamente com as espadas, na entrada de autoridades ao
Templo. O simbolismo é muito bonito. Assim como as espadas apontadas para o
alto formam uma Abobada de Aço para proteção material, as Estrelas irradiam a
Luz e simbolizam a proteção espiritual e a sabedoria aspergindo a sua essência
e a esperança dos bons trabalhos. Apesar do pouco uso, ainda encontramos, em alguns
países, ritualística que preservam o símbolo da Estrela na entrada de um
palestrante ou autoridade vindos em missão ao Templo. Estando já, todos dentro
do Templo, o VM solicita ao MC que dê entrada ao ilustre Irmão. O MC não usará
seu bastão, mas, adentrará, seguido pelo visitante, com uma Estrela na mão
direita.
NO SIMBOLISMO MAÇÔNICO, A VELA
ACESSA NÃO É PARA ILUMINAR O VISITANTE, MAS PARA SIMBOLIZAR UMA FONTE DE “LUZ”
QUE ADENTRA AO TEMPLO PARA COLABORAR COM OS TRABALHOS E ESCLARECER OS IRMÃOS COM
AS LUZES DE SUA SABEDORIA NOS ASSUNTOS DE NOSSA SUBL IME INSTITUIÇÃO.
Este artigo foi inspirado no
livro “A SIMBÓLICA MAÇÔNICA” de autoria do Irmão Jules Boucher que na página.
Na página 131, instrui; “Na Maçonaria, as Velas recebem o nome de Estrelas.
Deveríamos então dizer: “Tornar visíveis as Estrelas”, em lugar da prosaica
expressão; “Acender as Velas”. Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de
instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem
o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o
Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte
Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral,
ético e de formação maçônico.
Fraternalmente
Ir.·. Sérgio Quirino – Grande
Segundo-Vigilante – GLMMG.
Fonte: - Jornal do Aprendiz - EDIÇÃO
No 96 FEVEREIRO 2017 – ARLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276
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