Legítima
Defesa
O recurso a
legitima defesa é naturalmente um direito comum a todas as criaturas.
Nem há que
duvidar de semelhante prerrogativa.
No entanto,
importa considerar que esse direito não consiste em subtrair a existência do
próximo, invadindo atribuições que pertencem a Deus.
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Dispomos do
privilégio da defensiva, aplicando anos mesmos os artigos da Lei Divina
obedecendo-lhe as determinações que nos garantem responsabilidade e equilíbrio.
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Defender-nos-emos
contra a incursão em novos débitos, abstendo-nos de alongar a despesa de cada
dia, além da receita que nos compete.
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Estaremos
agindo contra as hostilidades alheias, ofertando aos outros, simpatia e cooperação.
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Não cairemos
no fogo da calúnia, desde que vivamos em guarda contra a leviandade e a
maledicência.
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Elevar-nos-emos,
além da vasa do crime, submetendo-nos ao culto incessante do bem, segundo os
nossos deveres, e fugindo ao império da tentação.
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Respiraremos
libertos da irritação e da cólera se dermos ao companheiro de caminho o
respeito e a compreensão que desejamos dele próprio, em nosso favor.
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Distanciar-nos-emos
das extravagâncias da vaidade e do orgulho, sustentando, em nós mesmos, a humildade
que a vida nos aconselha.
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Cristo é o
nosso Divino Médico, ensinando-nos a observar os mais avançados princípios de
imunologia da alma, na preservação dos valores eternos do Espírito.
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Perdoemo-nos
uns aos outros, setenta vezes sete, em todas as nossas falhas na jornada
evolutiva; amparemos o vizinho, tanto quanto lhe reclamamos o entendimento e o
auxílio e, amando-nos reciprocamente no padrão do Senhor que nos protegeu até o
sacrifício supremo, estaremos praticando a defesa legítima; único baluarte de
nossa segurança e de nossa paz.
Emmanuel
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