BALAUSTRADA
E BALAÚSTRE
Às vezes, não nos damos conta
do aprendizado que podemos auferir estudando a estrutura física e os detalhes
decorativos de um Templo Maçônico. Por vinculamos o aprendizado às instruções,
acaba por
creditarmos a função de ensinar
e esclarecer apenas aos Rituais. O conhecimento maçônico vai muito além da
leitura e da audição das instruções.
Precisamos estar dispostos a
procurar o porquê e o para que. Um exemplo é a balaustrada. Todos sabemos onde
fica e a tratamos como um murinho. O Irmão já se deu conta de sua relação com a
ata das
reuniões? Uma balaustrada é
formada por balaústres. E balaústre não é sinônimo de ata ou de registro.
Passemos então ao simbolismo destas
estruturas. Balaústre é um
pequeno pilar, também chamado de colunelo. O registro chamado balaústre é o
histórico da Loja, aquilo que a sustenta.
O Irmão Secretário não o
escreve, ele lavra o balaústre. Por isso, ao final, diz-se: .....datado e lavrado.....
Balaustrada,
que é o conjunto de balaústres, separa o Oriente do Ocidente. Tanto material quanto simbolicamente,
a balaustrada está alicerçada no piso do Oriente. A razão disso é que a Verdade, aquilo
que foi lido e aprovado, permanecerá além do tempo, além da matéria, registrado no histórico
espiritual da Loja. Isso é o que representa o estar no Oriente. O
Oriente é a parte superior,
onde o piso é monocromático, onde não há dúvida, de onde vem a Luz provinda da
Coluna da Sabedoria, que é representada pela Coluna Jônica. Não é sem propósito
que a coluna Jônica tem como substantivo, a parte lateral de seu capitel, o
nome de balaústre (que se assemelha a um rolo de pergaminho). Mas o que seria
uma balaustrada na vida do Maçom? ANTES DE TUDO, É COMPREENDER A NECESSIDADE DE
SE SEPARAR O PROFANO DO
SACRADO. É CONSTRUIR (LAVRAR)
UMA VIDA (SUA HISTÓRIA) DE TAL FORMA QUE ELA POSSA SER LIDA E APROVADA POR
TODOS. UMA VIDA VERDADEIRA. QUE CADA MOMENTO SEJA A EDIFICAÇÃO DE UMA COLUNETA
A SUSTENTAR UM PARAPEITO OU UM CORRIMÃO DE SEGURANÇA PARA OS QUE O CERCAM. Este
artigo foi inspirado no livro “O PENSADOR DO PRIMEIRO GRAU” 2007 do Irmão,
Bruno Pagani Quadros, que na página 121, instrui: “É a
separação do lugar de
onde provém a Luz da região para a qual é dirigida, já que divide simbologicamente
o lado onde se dará o traçado objetivo do lado onde se fará a confirmação consciente
da Sabedoria com a aproximação do Plano Espiritual, pois dali (Or.'.), num próximo
degrau, o C.'. abrir-se-á
suas hastes além dos 45º.” Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas,
mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado
e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo
das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da
leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Ir.·. Sérgio Quirino
- ARLS Presidente Roosevelt 025 – GLMMG
Fonte: JORNAL DO APRENDIZ - EDIÇÃO Nº 81 MARÇO 2016
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