BATERIA MAÇÔNICA
Origem e a motivação do ato de produzir som através
da batida das mãos. Encontramos na história da humanidade relatos pagãos do
milênio anterior a Cristo, onde bater palmas tinha a intenção de acordar/despertar
os Deuses. Também eram, desde esta época, usadas para afugentar os maus
espíritos.
Durante os antigos espetáculos circenses na Grécia
e Roma, bater as mãos era a manifestação de agrado pelo que estava sendo
apresentado e uma expressão não oral de saudação à autoridade presente. Ao ser
incluída nos trabalhos maçônicos, a Bateria Maçônica resgata sua origem e passa
a ser sacralizada em nosso trabalhos. Executamos sequências de som de percussão
usando as mãos, em quantidades determinadas a cada situação/grau e
circunstância/momento. A Bateria Maçônica é uma atividade eminentemente
esotérica. Primeiramente ela envolve o contato das duas partes internas das
mãos. Todos nós reconhecemos e já sentimos a energia que envolve juntá-las,
seja para orar com os dedos voltados para o Altíssimo ou para com outra pessoa,
através de um aperto de mão, demonstrar confiança e amizade. “Pela Bateria”,
percebemos a harmonia e iteratividade nos trabalhos. A Bateria unissonamente
executada produz dois efeitos primordiais: Inconscientemente, passa aos Irmãos a
sensação de unidade.
Não devemos esquecer que ela precede a Aclamação, e
que mantendo esta unidade, estará mantida a EGRÉGORA do grupo. O segundo efeito
é de ordem sutil e vai além das fronteiras do próprio inconsciente. Mais do que
o som audível, a vibração produzida tem a função de harmonizar/equalizar o
ambiente. Ao adentrar no recinto sagrado, muito não conseguem canalizar bons fluídos
e deixar para trás as impressões sensoriais negativas vividas antes da reunião.
Levando-as assim para dentro do Templo e deixando dentro de si energias
desarmônicas. A própria palavra BATERIA, deve ser bem compreendida. Bateria é
um agrupamento de coisas de vão juntas, portanto BATERIA MAÇÔNICA NÃO É
SIMPLESMENTE BATER PALMAS. O MAÇOM DE PÉ E A ORDEM. COM UM MOVIMENTO CONFIRMA
SEU JURAMENTO. JUNTA O TOPO DE SUAS COLUNAS E USANDO O PRIMEIRO INSTRUMENTO DE TRABALHO DADO PELO CRIADOR, PRODUZ CADENCIADAMENTE VIBRAÇÕES
ETÉREAS, PARA A MATÉRIA E O ESPÍRITO. Este artigo foi inspirado no livro O
APRENDIZADO MAÇÔNICO (2013), do Irmão RIZZARDO DA CAMÍNO, que, na
página 120, nos intrui:
“O som
jamais se destrói; avança Cosmos adentro, numa incessante viagem
através do Universo, tanto exterior como interior. O som não atinge somente a periferia, mas adentra
na parte espiritual e produz os seus efeitos.”
Neste nono ano de compartilhamento de instruções
maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o
tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo
das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao
salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de
formação maçônica.
Ir.·. Sérgio Quirino
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