Títulos
Os títulos que
exornam a personalidade terrestre decorrem de concessões do Senhor, sem que
lhes possamos menoscabar a responsabilidade inconteste.
* * *
Não fosse a
hierarquia natural que lhes presides os valores, a governança dos povos não
teria ultrapassada a barbárie; a ciência não se erigiria em tutora da
civilização; o trabalho não poderia dignificar-se nos quadros do mérito e a
universalidade não surgiria entre as nações, orientando-lhes o passo, na
direção da Vida Maior, tanto quanto a justiça terrena, ainda que incompleta ou
fragmentária, não asseguraria o socorro da ordem nos caminhos do mundo, que não
passaria, então, de pousada inóspita de selvageria no caos.
Todos os
títulos que enobrecem o homem e a coletividade são oportunidades de serviço que
devemos honrar na faixa de ação a que fomos chamados para aprender e servir.
* * *
Não é, pois, a
fortuna que deslustra o seu detentor, mas sim a desmedida ambição com que as
mãos cobiçosas se apropriam do ouro.
* * *
Não é o poder
público que desfigura aquele que o mantém, muitas vezes, com sacrifício. É a
crueldade, com que, em certos casos, vem a ser exercido pela inteligência insensata
que o maneja à distância da verdadeira equidade.
Recordemos que
em todas as circunstâncias da vida,constituam-se elas de abastança ou de
carência, de comando ou subalternidade, compete-nos a obrigação de usar os empréstimos
do Senhor com respeitosa humildade, empregando-os no bem de todos que é o bem
de nós mesmos, enobrecendo o caminho humano e iluminando-o onde estivermos, na
certeza de que o título é matrícula no trabalho da Humanidade e do próprio
Deus, porquanto, no painel mais simples da senda cotidiana, recebe, o espírito
encarnado, o título de homem como degrau primário de introdução à Cidadania
Celeste.
Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário