OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO 1° GRAU
Os Instrumentos de trabalho do 1° Grau ao serem apresentados ao Ir\acabado de se iniciar, constituem-se em um dos mais belos e vívidos episódios da cerimônia, ao mesmo tempo em que as frases com que se descreve estes instrumentos, tomadas das Sagradas Escrituras, são das mais formosas do Ritual. Quase todo o mundo está familiarizado com estes instrumentos, porém, poucos são os que as associaram com as significações mais profundas que as indicadas pelo 2º Vig\. No entanto, em nossa interpretação da Franco-Maçonaria, temos como especial propósito, o de nos aprofundar, tanto quanto possível, nos significados mais ocultos de nossos símbolos, propósito esse que torna possível darmos significação espiritual a objetos e atos tornados costumeiros. Com este exercício imaginativo chegaremos a compreender gradualmente, que toda a ação e todo o objetivo de nossa vida vulgar, têm uma significação espiritual ao mesmo tempo em que material.
Os Instrumentos de trabalho do 1° Grau ao serem apresentados ao Ir\acabado de se iniciar, constituem-se em um dos mais belos e vívidos episódios da cerimônia, ao mesmo tempo em que as frases com que se descreve estes instrumentos, tomadas das Sagradas Escrituras, são das mais formosas do Ritual. Quase todo o mundo está familiarizado com estes instrumentos, porém, poucos são os que as associaram com as significações mais profundas que as indicadas pelo 2º Vig\. No entanto, em nossa interpretação da Franco-Maçonaria, temos como especial propósito, o de nos aprofundar, tanto quanto possível, nos significados mais ocultos de nossos símbolos, propósito esse que torna possível darmos significação espiritual a objetos e atos tornados costumeiros. Com este exercício imaginativo chegaremos a compreender gradualmente, que toda a ação e todo o objetivo de nossa vida vulgar, têm uma significação espiritual ao mesmo tempo em que material.
Quando começamos a
estudar os instrumentos de trabalho do 1º Grau e meditamos a respeito deles,
nos apercebemos, quase de relance, que eles nos foram escolhidos ao azar, entre
os instrumentos úteis aos
pedreiros. Ao contrario, sua significação filosófica e simbólica é tão profunda que nos transporta diretamente ao coração, o núcleo de nossos mais fundamentais conceitos sobre a vida e o trabalho.
pedreiros. Ao contrario, sua significação filosófica e simbólica é tão profunda que nos transporta diretamente ao coração, o núcleo de nossos mais fundamentais conceitos sobre a vida e o trabalho.
Antes de entrar na
matéria, bom será que anotemos de passagem, a evidente correspondência existente
entre os três Instrumentos de trabalho do 1° Grau e os três principais OOf\da
Loja. Assim, a
r\d\v\q\p\que se emprega para medir e planejar a obra corresponde à Sabedoria do V\M\que também medirá e planejará, quando dirige. O m\que se utiliza para golpear, tem relação com o 1º Vig\cuja qualidade é a Força e cuja missão consiste na transmissão de energia. O c\corresponde ao 2º Vig\porque, assim como este representa o atributo da Beleza, assim o c\é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra bruta, criando nela, linhas, superfícies e molduras para o embelezamento do ofício.
r\d\v\q\p\que se emprega para medir e planejar a obra corresponde à Sabedoria do V\M\que também medirá e planejará, quando dirige. O m\que se utiliza para golpear, tem relação com o 1º Vig\cuja qualidade é a Força e cuja missão consiste na transmissão de energia. O c\corresponde ao 2º Vig\porque, assim como este representa o atributo da Beleza, assim o c\é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra bruta, criando nela, linhas, superfícies e molduras para o embelezamento do ofício.
Se estudamos mais
profundamente a significação de nossos Instrumentos de trabalho, descobrimos
que representam o conjunto da vida manifestada em três aspectos; cognição
(conhecimento), Emoção e Atividade.
O eu possui três
modalidades de consciência, quando entra em relação com o nosso EU; pois tem
condições de conhecer, sentir e agir. Nós não conhecemos nenhuma modalidade
além da consciência, pois a vida que nós experimentamos se acha compreendida nesta tríplice possibilidade de
conhecer, sentir, e agir. Pois bem, o conhecimento se deriva da observação que
se obtém ao utilizar a r\d\v\q\p\, de uma ou de outra forma. A ação é a aplicação da força que levamos a cabo por meio do m\, ao passo
que o c\é o instrumento com que nos pomos em com;ato com a matéria do mundo externo
e com o qual executamos nossa vontade nela, contanto que, em termos de consciência, é a qualidade de sentir. De maneira que
nós "conhecemos" como a r\d\v\q\p\, “sentimos” como o c\e
"agimos" como o m\.
E, se aprofundarmos
mais, descobriremos que há três coisas necessárias em toda a obra inteligente;
a primeira é nosso plano ou projeto; a segunda, a energia ou força que nos
propusemos empregar, dedicar à
nossa tarefa, a terceira, o instrumento real com que executamos o trabalho. Claramente se vê que estes três elementos se simbolizam graficamente por nossos instrumentos de trabalho. Porque fazemos o nosso plano com a r\d\v\q\p\, aplicamos nossas forças por meio do m\ e levamos a cabo realmente o trabalho com o c\.
nossa tarefa, a terceira, o instrumento real com que executamos o trabalho. Claramente se vê que estes três elementos se simbolizam graficamente por nossos instrumentos de trabalho. Porque fazemos o nosso plano com a r\d\v\q\p\, aplicamos nossas forças por meio do m\ e levamos a cabo realmente o trabalho com o c\.
De maneira que além
de úteis, são arquétipos de toda a possível variedade de instrumentos
pertencentes às três referidas classes.
Porém, estudemos
agora, detalhadamente, estes três instrumentos de trabalho, começando pela
r\d\v\q\p\, que é a mais fundamental e transcendental de todas para o homem. A
função desta consiste, naturalmente, em medir a longitude; pois bem, a medida de longitude é a base das medidas de
todo o gênero em todos os departamentos da vida, como sabem muito bem os homens
de ciência. Não existe nem conhecemos outra base possível. Unicamente é quando medimos a longitude dos objetos, que
chegamos a compreender o que estes são. Isto não só se aplica às linhas, senão,
como e natural também, às superfícies, volumes e ângulos, visto que as unidades nas quais estes se expressam, se baseiam em
último termo, na medida de longitude. Assím também, temos de dizer que a única forma
de localizar ou determinar a posição de um objeto em relação a outros, se baseia no emprego da medida da longitude, como, por
exemplo, r\d\v\q\p\. A forma dos corpos não se pode descrever se não se
recorrer aos termos da medida longitudinal.
Ainda mais: não só os
objetos materiais como também todo o acontecimento ou fenômeno da natureza, só
se pode descrever e medir em termos de medida longitudinal, em última análise.
Por exemplo, a luz e a cor só se podem medir, por conseguinte descrever, pela longitude ou velocidade de
suas ondas, cujas duas qualidades implicam a medida de longitude como essencial
ingrediente.
O mesmo se pode dizer
a respeito de todas as outras formas, como o calor, o som e a eletricidade. O peso
de um corpo não é mais que uma maneira de descrever a força da gravidade. Tão
importante para o
maçom é saber que tudo sé mede em termos de unidade de longitude. Todas as propriedades da matéria conhecidas por nós, representando-se finalmente, em termos de medida de longitude, já se trate de textura, dureza, elasticidade, calor específico, durabilidade ou de que quer que seja. Idêntico princípio se aplica à medição da velocidade e dos movimentos de todo o gênero, trate-se de átomos e moléculas, de trens, planetas e estrelas.
maçom é saber que tudo sé mede em termos de unidade de longitude. Todas as propriedades da matéria conhecidas por nós, representando-se finalmente, em termos de medida de longitude, já se trate de textura, dureza, elasticidade, calor específico, durabilidade ou de que quer que seja. Idêntico princípio se aplica à medição da velocidade e dos movimentos de todo o gênero, trate-se de átomos e moléculas, de trens, planetas e estrelas.
Quando medimos a energia
dos músculos, do vapor, da eletricidade, da energia inter-atônica ou da
rádioatividade, não conhecemos outro modo de expressar as observações ou
cálculos que não seja o da régua.
Outro fator científico
bem conhecido é: o tempo não se pode medir senão em termos de espaço, posto que,
a única maneira de estimar seu transcurso consiste em registrar fenômenos de
movimento; movimento, como natural, que só se pode expressar com termos de dependentes da medida
longitudinal. Se carecêssemos de nosso sistema de medição de espaço, não saberíamos
como registrar o transcorrer do tempo.
De maneira que o tempo
e o espaço, a matéria e a força, e todas as combinações conhecidas destes elementos
primários com que se elabora nossa vida ordinária, unicamente se pode medir,
conhecer e
compreender, valendo-se da medida longitudinal da r\d\v\q\p\; isto é, que a base de toda a ciência ou conhecimento se radica no emprego da régua. Este princípio é aplicável a todos os departamentos da
experiência e do conhecimento humano, posto que, até quando se trate de arte, filosofia ou religião, é preciso reconhecer que, as únicas idéias conhecíveis e inteligíveis relativas a estas manifestações humanas, são as que podem medir ou estimar de algum modo, já que, onde a medição termina e onde começa a ignorância ou a conjectura. Nosso saber é tanto como a nossa habilidade de medir, quer se trate de pesar um pedaço de pedra, quer apreciar o valor espiritual de uma idéia.
compreender, valendo-se da medida longitudinal da r\d\v\q\p\; isto é, que a base de toda a ciência ou conhecimento se radica no emprego da régua. Este princípio é aplicável a todos os departamentos da
experiência e do conhecimento humano, posto que, até quando se trate de arte, filosofia ou religião, é preciso reconhecer que, as únicas idéias conhecíveis e inteligíveis relativas a estas manifestações humanas, são as que podem medir ou estimar de algum modo, já que, onde a medição termina e onde começa a ignorância ou a conjectura. Nosso saber é tanto como a nossa habilidade de medir, quer se trate de pesar um pedaço de pedra, quer apreciar o valor espiritual de uma idéia.
Não obstante, existe
ainda outro campo de aplicação da r\d\v\q\p\. Por necessidade, há de ser ela o
primeiro Instrumento de trabalho dos MM\, já que, enquanto esta não seja aplicada,
não se pode aplicar
utilmente, nenhum outro. Todo o trabalho útil se realiza, aplicando os Instrumentos de trabalho onde correspondem, o que unicamente pode ser bem realizado, valendo-se da r\. Sé assim não fosse, aqueles se converteriam em instrumentos destrutivos. A arte da vida consiste em aplicar nossos poderes e faculdades que são os nossos instrumentos, no sítio e momento precisos.
utilmente, nenhum outro. Todo o trabalho útil se realiza, aplicando os Instrumentos de trabalho onde correspondem, o que unicamente pode ser bem realizado, valendo-se da r\. Sé assim não fosse, aqueles se converteriam em instrumentos destrutivos. A arte da vida consiste em aplicar nossos poderes e faculdades que são os nossos instrumentos, no sítio e momento precisos.
Creio que é
claríssima a razão pela qual a r\d\v\q\p\seja o primeiro Ins\de T\que se
entrega ao Ap\. Ela é naturalmente, a primeira coisa essencial na execução de
obras de todo o gênero e o é também na
aquisição do saber, na qual se baseia à habilidade de todo o artífice. Se nos apercebermos bem da natureza e objetivo da r\d\v\q\p\, nos será revelado maravilhoso tesouro de significação existente nos símbolos vulgares da Franco-Maçonaria. Este estudo preliminar do primeiro Ins\de T\com que tropeçamos em nossa vida maçônica, há de facilitar o caminho para chegarmos a compreender os outros instrumentos deste Grau, (o m\e o c\) que iremos estudar em continuação, a começar pelo m\.
aquisição do saber, na qual se baseia à habilidade de todo o artífice. Se nos apercebermos bem da natureza e objetivo da r\d\v\q\p\, nos será revelado maravilhoso tesouro de significação existente nos símbolos vulgares da Franco-Maçonaria. Este estudo preliminar do primeiro Ins\de T\com que tropeçamos em nossa vida maçônica, há de facilitar o caminho para chegarmos a compreender os outros instrumentos deste Grau, (o m\e o c\) que iremos estudar em continuação, a começar pelo m\.
Vimos antes, que o
m\representa o poder ou a forca, uma vez que é o instrumento que serve para golpear.
Representado o método mais simples e elementar de aplicação da força, e o
símbolo de todas as formas
físicas morais e espirituais da mesma. O fato de isto assim seja é esclarecido, quando sé exploram os Ins\de T\no primeiro Grau, dizendo que são símbolos de trabalho manual, ao mesmo tempo que da parte superior da natureza humana, ou seja, da consciência.
físicas morais e espirituais da mesma. O fato de isto assim seja é esclarecido, quando sé exploram os Ins\de T\no primeiro Grau, dizendo que são símbolos de trabalho manual, ao mesmo tempo que da parte superior da natureza humana, ou seja, da consciência.
Pois bem, a vida do
homem consiste em mover a matéria, em transladá-la de um lugar para outro,
princípio que se pode aplicar tanto às formas supremas de trabalho filosófico
ou espiritual, como às atividades puramente mecânicas ou manuais. Toda ação se
reduz, em último extremo, a mover a matéria, quer se trate de substância da
terra e de todos os objetos que com ela fabricamos, quer da matéria das mentes
humanas, das substâncias das almas e, até da trama imaginativa com que se criam
os sonhos. A força vibrada pelo homem e o poder que ele exerce sobre a matéria
e os acontecimentos, consta, ao fim de tudo, que possa mover a matéria de um lugar ao outro. O primeiro instrumento que o homem primitivo imaginou
para mover a matéria do plano material, foi o m\, e quando fabricou o m\ou martelo
rudimentar, que provavelmente consistiria em um pedaço de pedra que fazia com a
mão, inaugurou uma nova era: a era das ferramentas, a era em que começou a valer-se
das coisas alheias ao corpo, para conseguir o que se propunha. Este passo dado
na evolução foi tão importante, que, alguns homens da ciência definiram o homem
como (homo faber), o animal fabricador de instrumentos. E traduzindo esta
definição em linguagem maçônica, poderíamos dizer que: o homem é um ser que leva
o m\na mão. O fato de que o homem atrevesse a agarrar este m\é um ato de
significação importantíssima, uma vez que ele deu começo à aurora da consciência
do poder, aurora em que o homem teve o primeiro vislumbre de sua divindade latente. Hoje em dia, o M\da Loja é o homem
que traz o m\na mão, para simbolizar o direito que tem a dirigir a L\.
Permita-se-nos uma pequena digressão no campo da ciência natural, pois quiçá seja interessante examinar como todo o fenômeno, assim como
todas as atividades do homem e das máquinas, se derivem do m\, da descarga de
um golpe. Todas as forças da natureza são descargas ou golpes. A luz consiste em
uma forma de impulso dado ao éter ou aos corpúsculos; o mesmo vem a ser o som,
a eletricidade, o magnetismo e, provavelmente, a afinidade química e a
gravitação. O vento é o golpeio de umas partículas do ar contra as outras, as
músicas das árvores são o choque de seus ramos; as ervas floridas e as árvores
abrem caminho na terra, à força de pressão; as ondas se arremetem contra a
costa e as partículas água se empurram, ao descer pelo leito do rio pana o oceano.
Em todo o fenômeno se observa as partículas de matéria a se golpearem e se
empurrarem entre si, incessantemente. A natureza assim, traz um m\em cada uma
de suas infinitas mãos.
Também as máquinas
fabricadas pelos homens são m\aperfeiçoados, uma vez que todas elas se baseiam
na projeção ou descarga de golpes ou impulsos.
Ele faz com que o
fogo lance partículas de combustível e que produza calor e gazes. Faz com que o
vapor impulsione o pistão e que, cada membro da máquina empurre o que lhe convém.
Faz com que a força
magnética obrigue girar a armadura e que produza eletricidade. Faz com que a eletricidade fenda o éter e transmita sua mensagem por toda a terra. Nas primeiras etapas da evolução humana, o homem é o m\de si mesmo e utiliza a força de seus próprios músculos; porém, à medida que sua alma se desenvolve, vai se apoderando dos mm\da Natureza e ordena a esta que lhe obedeça, concentrando as energias para que o sirvam, a Natureza termina por converter-se em seu m\, em sua serva.
magnética obrigue girar a armadura e que produza eletricidade. Faz com que a eletricidade fenda o éter e transmita sua mensagem por toda a terra. Nas primeiras etapas da evolução humana, o homem é o m\de si mesmo e utiliza a força de seus próprios músculos; porém, à medida que sua alma se desenvolve, vai se apoderando dos mm\da Natureza e ordena a esta que lhe obedeça, concentrando as energias para que o sirvam, a Natureza termina por converter-se em seu m\, em sua serva.
Esta é a primeira lição
ao m\. A lição da força ou poder do músculo, a sensação, a emoção, o intelecto
e a espiritualidade. Este poder e ilimitado, porque dentro de nós existe uma
reprodução do G\A\D\U\, cujo poder é onipotente, como nos diz na abertura da Loja. Mais tarde trataremos disto, quando
estudarmos a significação especial do m\ao trabalhar em conjunção com o c\, porque
a individualidade do maçom encontra na expressão do fio do c\.
Estudemos agora o c\.
O fundamental do c\ consiste em seu poder de cortar, de abrir passo na matéria.
Para poder realizar sua função perfeitamente, deve possuir um fio cortante e
resistente em proporção à
obra a realizar, e além disso, há de ser capaz de receber e transmitir a força que se aplique por meio das diferentes classes de malhos.
obra a realizar, e além disso, há de ser capaz de receber e transmitir a força que se aplique por meio das diferentes classes de malhos.
Em todas as artes, ofícios
e indústrias, se utilizam instrumentos cortantes e basta examiná-los
cuidadosamente, para perceber que todos eles se baseiam no c\e são modificações
e aplicações desta ferramenta. Para compreender isso melhor, estudemos a arte de trabalhar a madeira, o metal ou a
pedra.
Os variadíssimos
instrumentos idealizados para polir os materiais ou para fazer estrias ou
molduras, consistem em cinzéis de diferentes modelos fixos em cabos ou asas.
Similarmente, todas as classes de trado, verrumas brocas ou barrenas, abrem caminho no material por meio da borda
chanfrada do cinzel existente no extremo da ferramenta. Todas as variedades de
limas, grozas e serras, possuem também, numerosos cinzéis, pois cada dente é um
cinzelzinho que corta, precisamente, como o fazem todos os cinzéis. O
agricultor se vale de um cinzel sob forma de arado, grade ou enxada, para
sulcar a terra; e as foices, gadanhos, ceifadeiras mecânicas, etc., não são
mais que cinzéis aos quais se deu a forma adequada de acordo com o que delas se
exige. As tesouras e tenazes dos obreiros são cinzéis úmidos aos pares. Até
mesmo todas as formas de pulverização de moagem, de polimentos que constituem a
base de muitos ofícios, se fundamentam no princípio do cinzel, pois as
diminutas partículas da rosca atuam como pequeníssimos cinzéis que fragmentam o
material com os quais entram em contato.
Não é necessário
prosseguir para se aperceber que todos os instrumentos cortantes utilizados
pelo homem são cinzéis, cuja forma depende da natureza do trabalho que se há de
realizar.
A aplicação do
princípio desta ferramenta aos mundos moral e mental é fácil de descobrir.
Assim como o cinzel do trabalhador da pedra deve ser fabricado com material bem
temperado, possuir um fio bem cortante e ser capaz de receber e transmitir a energia que se descarrega sobre o cabo,
assim também, deve o maçom especulativo possuir qualidades morais, faculdades mentais
e poderes espirituais com características correspondentes. O homem só pode atuar sobre o mundo que o rodeia, inclusive,
sobre sua própria natureza, aplicando os poderes que possui em si mesmo, por
meio dos órgãos de suas diversas faculdades. O material que produzirá estas
faculdades deve ser sadio; sentimentos generosos e bons, uma natureza
espiritual, profunda e pura. Em todos os atos que ele realizar, seus poderes devem
dirigir-se a um ponto ou fio, concentrando-se na obra; porque, se não houver
concentração, a força se dispersa e torna-se impossível o êxito. O homem deve abrir
caminho, límpida e puramente, através do labirinto da vida, sem consentir jamais,
desviar-se do propósito traçado. No referente à moral, não se deve afastar da estrita
linha da virtude; no mental, sua mente não se deve torcer nem perder a direção:
há de abrir caminho entre o falso e o aparente, desdenhando o que não é essencial,
para concentrar-se no que o é; no espiritual, há de possuir veráz e penetrante
discernimento, de maneira que possa se aprofundar no coração das coisas e ver o
invisível através do visível.
Além disso, os
poderes do homem devem estar em condições de resistir à prova das dificuldades,
abstrações e golpes produzidos pelas desilusões e fracassos, porque então,
quando se põe verdadeiramente à prova, a verdadeira têmpera (índole), e a
qualidade daqueles poderes fica, às vezes, destroçada, ao fazer um esforço
violento, do mesmo modo que o fio do cinzel falha e é desviado de seu propósito.
A natureza do homem pode consumir-se ou despedaçar-se como o material de uma
ferramenta deficientemente fabricada, ou pode resistir seu labor sem desviar-se,
com perfeita elasticidade e rebate como o aço bem temperado.
Uma vez estudados os
IIns\de T\, em separado, e com algum detalhe, quiçá seja conveniente comparar e
contrastar as funções pertencentes a cada um dos membros do grupo.
A princípio, não
podemos senão nos pasmar face às diferenças fundamentais e radicais existentes
entre a função da r\d\v\q\p\e as do m\e c\. O primeiro: é um instrumento
essencialmente estático e os outros dois são dinâmicos. Aquele indica o caminho, estes o percorrem. A r\d\v\q\p\só se
pode empregar bem, quando está estacionária, enquanto que os outros instrumentos
só são úteis, quando se põe em movimento.
A r\é rígida,
inflexível e fixa, além disso sua virtude está determinada de uma vez para
sempre; os outros dois são essencialmente móveis e capazes de se adaptarem, infinitamente,
às necessidades do trabalho e do operário.
A r\é impessoal ao passo
que no m\e no c\se infunde à personalidade do indivíduo que com eles trabalha.
O Ap\se apercebe
facilmente o que tudo isso significa. Na vida há sempre pólos de espírito e
matéria, enquanto os princípios da vida são fixos, as aplicações dos mesmos ao
trabalho prático serão infinitamente flexíveis. Os ideais impessoais devem dirigir as energias pessoais. E assim
como, cada golpe dado com o m\sobre o c\há de ter por objetivo o cortar a
pedra, na medida assinalada pela r\d\v\q\p\, assim também, os atos dos Maçons obedecerão fielmente os mandatos da mente. Toda a obra
inteligente deve ser precedida de um projeto, cuja tarefa só pode ser realizada
com a mente, a qual toma as suas medidas e dirige todas as atividades para o
fim proposto.
Assim pois, os três
IIns\de T\do primeiro Grau representam a tríplice natureza do homem ou, pelo menos,
sua tríplice natureza externa, ou seja, o corpo, os sentimentos e a mente. O
homem se diferencia dos animais, por sua mente, sua inteligência, seu poder de planejar coisas, em uma
palavra, por sua r\d\v\q\p\ que é necessariamente e sempre, o primeiro
instrumento e o mais importante de que se serve o pedreiro e determina o uso que este faz das demais ferramentas; assim também a mente é de suprema
importância para o homem, uma vez que, de seu correto enprego depende sua natureza
de homem. A função da inteligência consiste em dar ordens, e a dos desejos e do corpo, em obedecer.
Estudando detidamente
a significação do m\e do c\como instrumentos de utilização ajustada, pode-se descobrir
coisas de grande valor para os Maçons; porém se tal fizéssemos, elevaríamos o
nosso estudo a um grau
superior.
superior.
Estude o Ap\ sua própria
natureza, com paciência e perseverança, separando em sua consciência, tão distintamente
quanto lhe seja possível, os três fatores de seu eu externo: o corpo, os
sentimentos ou sensações e a mente. Logo há de ver no maçom a representação simbólica de todo o poder que
lhe dá energia, a qual deve aprender a manejar. Neste poder descobrirá a Força
Onipotente. No c\verá todas as faculdades, as quais deve desenvolver, educar e temperar aos propósitos da obra que tem diante
de si que não outros que a construção do Templo Sagrado. É, na sua r\d\v\q\p\descobrirá
sua humanidade, Divino poder da razão que adornar-se-á da morada corpórea, dirigindo todas as coisas para o único
grande objetivo: ao serviço do homem e à gloria do G\A\D\U\. E, a medida que pondere
sobre todas estas coisas e aperfeiçoe suas faculdades, de tal forma que, a energia nele existente possa obedecer, por meio
destas, aos mandatos da mente, realizando belas obras de artifício, descobrirá
o segredo de sua individualidade que, ao emergir no mesmíssimo fio de seu c\, o capacite para traçar (delinear) sua marca única e
singular, sinal de sua propriedade exclusiva por direito de nascimento, que só ele
pode traçar.
FONTE:
TEMPLOMACONICO.BLOGSPOT.COM.BR
Nenhum comentário:
Postar um comentário