O
PROSELITISMO
O
prosélito era o pagão que abraçava o Judaísmo; hoje, em linguagem maçônica, prosélito seria o profano que acorre à Maçonaria. Em tese, a Maçonaria não efetua trabalho de proselitismo, ou seja, não “arregimenta” novos elementos para inicia-los
nos Augustos Mistérios. A Literatura Maçônica não visa conquistar novos adeptos, mas tão somente ilustrar maçons e esclarecer os que não o são
sobre seu trabalho. A Maçonaria pode considerar-se um imã que atrai as limalhas de ferro e as agrupa. O profano
que é convidado por um maçom, de forma
isolada, acede ao convite porque a sua atração
é inata; sente o desejo de ingressar na Ordem; é uma aspiração
mística. A Maçonaria não necessita ampliar os seus
quadros; é o Grande Arquiteto do Universo
que conduz a pessoa de quem deverá
participar da Fraternidade Universal. Nem todos os convidados aceitam o
convite; nem todos os iniciados permanecem na Ordem, somente os predestinados.
O maçom, em especial o Mestre, deve sentir-se honrado por ter sido “pinçado”
entre milhões para fazer parte da Arte Real.
.
Ir.·. RIZZARDO DA CAMINO
QUALIDADES
DE UM CANDIDATO
A
condição exigida para que um candidato possa ser recebido maçom restringe-se a
algumas palavras: “ser livre e de bons costumes”. Essa frase é consagrada nos
rituais e cria certas confusões, uma vez que essas condições de “liberdade” e “moral”
devem ser inatas no candidato e não serem obtidas por meio da Iniciação. Já foi
dito que todo candidato representa um “risco” para o grupo maçônico e que o
proponente deve atuar com toda prudência e com senso. O que se esquece é que,
uma vez que o candidato supere as provas iniciáticas, ele deixa de ser
candidato para ser Neófito, Recipiendário e Irmão. No entanto, as condições
virtuosas iniciais devem ser duradouras e, assim, o maçom será sempre livre e
de bons costumes, que é o mínimo que se exige para uma cidadania social e maçônica.
A análise do candidato, para constatar se ele é livre, abrange uma série de
pesquisas; não se trata da liberdade de compromissos, alguém em quem se possa
confiar e receber no seio de uma família. É o noivo que deve apresentar no
noivado as garantias para a felicidade perene da noiva. O maçom, durante o
resto de sua vivência maçônica, deverá manter-se livre e de bons costumes.
Ir.·.
RIZZARDO DA CAMINO
Fonte:
Jornal do Aprendiz EDIÇÃO DE NOVEMBRO 2015 ANO VII Nº 77: PRODUZIDO PELA ARLS AMPARO DA
VIRTUDE, 0276
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