A GL.˙. DO G.˙. A.˙.D.˙.
U.˙.
A AUG.˙. E RESP.˙. LJ.˙.
SIMB.˙. GUARDIÕES DA LUZ, N° 64
A frequência dos IIr.˙.
aos trabalhos de nossas oficinas, é um dos itens constantes nas pautas das
reuniões.
- Há os que não vão as Oficinas porque acham que
as mesmas, nada mais têm a lhes ensinar: São os Presunçosos.
- Há os que não vão as Oficinas, porque acham
que as reuniões se tornaram desinteressantes e monótonas: Estes fazem
parte daquele grande grupo que entraram para a Maçonaria, mas, a Maçonaria
não entrou neles. “Acham as reuniões desinteressantes mais nada fazem para
torná-las melhores; São os reformistas e críticos de palavras”, são os
verdadeiros inoperantes da Ordem.
Os argumentos de todos
os grupos de faltosos são extremamente frágeis, e na realidade se baseiam
também como na Maçonaria, em três colunas, ou melhor, em três ante colunas: “A
ignorância, o desinteresse e o perjúrio”. Ser perjúrio não somente é quem revela
os nossos segredos iniciáticos, mas, também é perjúrio aquele que não cumpre
com as obrigações contraídas para com a Sublime Ordem no cerimonial da
iniciação.
Existe uma história que
um M.˙. M.˙. muito respeitado contava, e que venho aqui tentar reproduzir aos
IIr.˙.
“Londres,
fria, úmida, nevoenta e cinzenta, havia num bairro um templo religioso,
possivelmente Anglicano, no qual pregava um mesmo pastor há mais de vinte anos.
E os Londrinos, como os ingleses de um modo geral, são extremamente tradicionalistas
e naquele templo, vinham fiéis das redondezas, sempre os mesmos, sempre
ocupando os mesmos lugares, a sucessão de cada semana e desta forma todos já se
conheciam pelos nomes conforme devem ser os Maçons em Loja.
Num certo final de
semana, o pastor notou uma cadeira que estava vazia e era de um dos mais
assíduos fiéis.
O pastor preocupou-se,
mas passado o culto, o fato foi esquecido, absorvido que foi o pastor pelas
outras atividades.
Este fato ocorreu por
mais duas semanas seguidas, na terceira semana o pastor perguntou aos fiéis:
alguém viu o fulano, estaria ele doente, estaria acontecendo alguma coisa? –
Ninguém soube responder, logo após o culto o pastor resolveu visitar o fiel.
Chegando lá, encontrou-o
à beira da lareira, em frente ao fogo. Então o pastor lhe perguntou:
- Estás doente?
O fiel lhe respondeu:
- Não, estou muito bem
de saúde.
E o pastor replicou:
- Estás com algum outro
problema?
O fiel respondeu:
- Não, não estou com
problema nenhum, muito pelo contrário, estou muito bem:
Então o pastor lhe
argumentou:
- Mas não tens ido mais
ao culto...
Dito isto o fiel
dirigindo-se ao pastor disse:
- Eu frequento aquele
culto há mais de vinte anos, sento naquela cadeira, efetuo as orações e entoo
os mesmos hinos, durante todo este tempo eu já aprendi tudo de culto, sei todo
o Livro do culto. Então eu acho que não preciso mais ir lá, por isso não estou
indo.
Atônito, o pastor pensou
um pouco, dirigiu-se à lareira, atiçou o fogo e de lá retirou a maior das
brasas que se encontrava na lareira. Colocando-a sobre a saleira de mármore da
janela, ante o olhar curioso do fiel.
A brasa, em questões de
minutos, perdeu o brilho, se revestiu de uma túnica cinzenta, transformando-se
em carvão e cinza, fora do convívio com as outras brasas.
O fiel levantou-se
colocando as mãos na cabeça, disse:
- Por favor, homem pare
com isso, eu compreendi a lição.
- Doravante não mais
faltarei ao culto.
Tornando-se, a partir
daquele dia, a cadeira, novamente ocupada.
Meus IIr.˙., os Maçons
são como as brasas, para manterem a luz dos conhecimentos, o calor da
fraternidade e a chama do ideal, necessário é, que estejam no convívio permanente
das outras brasas “Irr.˙.”
Não se faz Maçonaria
fora do templo. A Maçonaria que se pratica na vida profana é uma obrigação do
iniciado e é reativada a cada sessão, como uma espécie de bateria que precisa
ser recarregada.
Se algum Ir.˙. acha que nada
mais tem a aprender, então ele deve ter atingido a Gnose perfeita e é chegado o
momento dele começar a ensinar.”
“Somos
aquilo que fazemos constantemente. Assim, a excelência não é um ato, mas sim um
hábito.”
[Aristóteles]
Or.˙. de Gameleira/PE
em, 18/08/2010.
Ir.˙. Charles Krichna
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