Caridade - Atitude
Caridade que
se expresse tão somente na cessão do supérfluo pode facilmente induzir-nos à
vaidade.
* * *
Não é difícil
dar o que retemos, no entanto, a virtude genuína pede a doação de nós mesmos,
através do que temos e do que somos.
Em razão
disso, é preciso não esquecer que a caridade também e acima de qualquer circunstância,
o sentimento que nos rege a atitude.
No templo
doméstico, é compreensão e gentileza.
Em família, é
cooperação desinteressada e fraterna.
Na profissão,
é a honestidade.
No trabalho, é
o dever bem cumprido.
Na dor, é fortaleza.
Na alegria, é
temperança.
Na saúde, é a
presença útil.
Na
enfermidade, é a paciência.
Na abastança,
é o serviço a todos.
Na pobreza, é
diligência.
Na direção, é
a responsabilidade.
Na obediência,
é humildade digna.
Entre amigos,
é a confiança.
Entre
adversários, é perdão das ofensas.
Entre os
fortes, é o socorro aos mais fracos.
Entre os bons,
é o auxílio aos menos bons.
Na cultura, é
o amparo à ignorância.
No poder, é a
autoridade sem abuso.
Em sociedade,
é o apoio fraterno que devemos uns aos outros.
Na vida
privada, é a conduta reta ante o próprio julgamento.
Não vale
espalhar um tesouro amoedado com as vítimas de penúria, alimentando o ódio e a
incompreensão, a revolta e o pessimismo nas almas.
* * *
Aceitemos a
experiência que o Senhor nos reserva cada dia, fazendo o melhor ao nosso alcance.
* * *
Seja a nossa
tarefa um cântico de paz e esperança, eficiência e alegria, onde estivermos.
* * *
E recebendo o
divino dom de pensar e entender, irradiando os mais belos ideais que nos
enriquecem a vida, em forma de serviço aos semelhantes, a caridade será, em nossos
corações, a luz constante clareando, desde as sombras da terra os mais remotos
horizontes de nosso luminoso porvir.
Emmanuel
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