O
QUE É SER MAÇOM?
O
que você diria a um amigo que tivesse convidado a entrar para a Ordem?
Esclarecimentos
–
O que pensa de poder reunir homens que professam as mais variadas religiões,
mas aceitam denominar o Ente Supremo como sendo o Grande Arquiteto do Universo
e que concordam, a partir deste ponto comum, praticar a tolerância e nunca
tentar impor a outrem sua religião e seus ritos? Curiosidade - O postulante à Iniciação
não deve ser movido pela curiosidade ao pedir a sua admissão na Ordem. Mas
sendo movido por um louvável desejo de saber que incita a penetrar os mistérios
de uma Instituição venerável por sua antiguidade e sua universalidade, é ser
movido por um motivo que não pode ser tachado de repreensível. É lembrado ao
candidato a maçom que a persistência no caminho é o que traz a iluminação, e
desencoraja o curioso a continuar. Se for a curiosidade o que motivou sua
pretensão de tornar maçom, que volte ao ponto de onde partiu! Irmãos – Inexiste
tratamento mais afetuoso que o de “Irmão”. Não só na nossa Ordem, mas em
diversas irmandades e até espontaneamente, vários homens assim se tratam, mas,
os ensinamentos que recebem dentro de nossos templos aonde a fraternidade
impregna nossas atitudes, nos levando a sermos mais irmãos que os de outras
confrarias. Através de caracteres próprios, estes homens identificam-se em qualquer
parte do mundo, reconhecem-se como Irmãos e tratam-se como tal. Na Maçonaria, a
Fraternidade harmoniza os seres por meio da parte espiritual; diz-se que os maçons
são Irmãos porque provém da mesma Iniciação; morrem quando iniciados nos mistérios
da doutrina maçônica para renascerem produzidos ou procriados por meio do germe
filosófico que transforma integralmente a criatura, refletindo-se no comportamento
posterior. A moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no amor ao próximo, e, nós
não estamos mais próximos? Devemos sim, colocar os ensinamentos em prática
dentro e fora de nossas Oficinas, buscando a essência da vida que o nosso
Grande Arquiteto do Universo nos ensina. O bem-querer, a tolerância e a Fraternidade
dentro da Loja transformam o homem em criatura dócil, espontânea e fiel, apta a
desempenhar a cidadania no mundo profano. A rigor, o amor fraternal deveria
estender-se a toda a humanidade; no entanto, ainda não estamos preparados para
isso. E já que somos irmãos, primeiro por origem e depois por ideal, a
fraternidade pode ser nossa bússola para a felicidade.
Fraternidade
–
A Maçonaria é, antes de tudo, uma fraternidade. Os maçons não somente se tratam
por irmãos, mas realmente como tal se consideram. Em todas as circunstâncias da
vida profana, onde houver um verdadeiro maçom, aí estará a preferência de outro
verdadeiro maçom. Sejamos fraternos, para recebermos a satisfação dessa virtude
sublime. Ao sermos iniciado na Maçonaria, verificaremos que a palavra mais
importante depois de “Grande Arquiteto do Universo” é o vocábulo “Fraternidade”.
A
essência da Fraternidade é o Amor; os maçons dedicam muito amor uns para com os
outros; é essa prática que funde o sangue para que haja no grupo uma só
criatura. Fraternidade é uma associação fraterna usada para demonstrar que
todos os homens podem conviver como se fossem Irmãos da mesma carne.
Uma
família numerosa, com muitos filhos, esses não constitui uma Fraternidade, mas
uma Família, pois os pais são incluídos no grupo. A Fraternidade Maçônica
abrange tão-somente os membros de uma Loja. Maçonicamente interpretando, a
Fraternidade apresenta-se de vários modos: a Fraternidade de uma Loja; a Fraternidade
em uma Ordem; a Fraternidade Universal, também designada “Fraternidade Branca”.
A
Fraternidade Universal abrange os maçons em vida e os que já se encontram no
Oriente Eterno, ou seja, os que “partiram”, os que “desencarnaram”, os mortos.
O candidato que passa pela Iniciação maçônica ingressa, após a sua aclamação em
Loja, na Fraternidade maçônica, nos seus vários aspectos e de modo permanente.
A Fraternidade implica obrigações e direitos; a parte ética e de comportamento é
muito importante. São admitidas pequenas rusgas, como sucede dentro de uma família,
mas com a obrigação de serem passageiras. O maçom tem o dever de tolerar esses
incidentes e perdoar se eles tiverem sido mais intensos. Só pelo fato de
estarmos filiados à Maçonaria, podemos nos considerar tremendamente
privilegiado e suficientemente apto para prestar auxílio ao próximo.
Fraternidade
é a síntese de todas as qualidades superiores que habitam no homem, tais como:
saúde, liberdade, alegria, sabedoria, tolerância, bondade, amor, desejo de paz.
Para a Maçonaria ela esteve sempre, à frente de seus ensinamentos, pois cada maçom
sabe do dever que tem para com o próximo, dever esse que é executado com
alegria e desprendimento, pois, não há felicidade maior do que a de fazer o bem
ao próximo. A Maçonaria há séculos vem conduzindo seus adeptos para essa
finalidade. Não devemos confundir Fraternidade com perfeição.
O
homem pode ser fraternal e não ser perfeito, mas não poderá ser perfeito sem
ser fraternal. A ideia da fraternidade implica na existência de uma grande família
de que são membros todos os seres humanos. Para haver, pois, realmente
fraternidade, a decorrência natural é a igualdade. Não pode haver fraternidade
onde não houver igualdade. Como decorrência desses dois princípios, surge a
Liberdade. A Liberdade é a condição do homem livre, que não deve e nem pode
fazer aquilo que lhe impede a Lei Moral, mãe e fonte única do Direito.
Dentro
da Maçonaria, o conceito liberdade tem sido sempre uniforme. Em todas as épocas
e em todos os lugares se fundamentou, e se fundamenta e se fundamentará sempre
esse conceito no princípio de Justiça Divina, justiça essa expressa na frase do
profeta que determinou: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”.
“Esta
é a Lei, e o resto é comentário”. Nesse princípio se baseia a liberdade
verdadeiramente cristã e nele repousa a declaração dos direitos do homem e do
cidadão. Concluímos, pois, que não pode haver fraternidade e, portanto não pode
haver Maçonaria onde não houver igualdade e não pode haver igualdade onde não
houver liberdade.
O
decálogo Maçom
–
A Maçonaria tem seu Decálogo, que é uma lei para seus Iniciados. Estes são seus
Dez Mandamentos:
1. Deus
é a SABEDORIA Eterna. Onipotente e Imutável, INTELIGÊNCIA Suprema e Amor Incansável.
Adorá-Lo-eis, reverenciá-Lo-eis e amá-Lo-eis! Honrá-Lo-eis praticando as
virtudes!
2. Vossa
religião será fazer o bem porque é um prazer para vós, não simplesmente porque
seja uma obrigação. Para que sejam amigos das pessoas sábias, obedecereis a
seus preceitos! Vossa alma é imortal! Nada fareis para degradá-la!
3. Guerreareis
incessantemente o vício! Não fareis aos outros o que não quereis que façam a
vós.
4. Honrareis
vossos pais! Respeitareis e homenageareis os velhos! Ensinareis os jovens!
Protegereis e defendereis a infância e a inocência!
5. Afagareis
vossa esposa e vossos filhos! Amareis vosso País e obedecereis à suas leis!
6. Vosso
amigo será vossa segunda metade! O infortúnio não vos afastará dele! Fareis em
sua memória tudo o que faríeis se ele estivesse vivo!
7. Evitareis
e fugireis de amizades insinceras! Refrear-vos-eis de todos os excessos. Temereis
ser a causa de qualquer mácula em vossa lembrança!
8. Não
permitireis que paixões sejam vossos guias! Fareis das paixões dos outros
lições de proveito para vós! Sereis indulgentes ao erro!
9. Escutareis
muito, falareis pouco! Agireis corretamente! Esquecereis as injúrias! Fareis o
bem em retribuição ao mal! Não usareis indevidamente vossa força nem vossa
superioridade!
10.
Estudareis para conhecer as pessoas; com
isso, podereis conhecer a vós mesmos! Sempre buscareis a virtude! Sereis
justos! Evitareis a preguiça!
Mas
o grande mandamento da Maçonaria é “Dou-vos um novo mandamento: Amareis uns aos
outros! Aquele que disser estar na luz e odiar seu irmão, ainda estará na escuridão”.
(Albert Pike – Moral e Dogma do REAA).
Ir.·.
Valdemar Sansão
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