Omissão
Asseveras não
haver praticado o mal; contudo, reflete no bem que deixaste a distância.
Não permitas
que a omissão se erija em teu caminho, por chaga irremediável.
Imagina-te à
frente do amigo necessitado a quem podes favorecer.
Não te
detenhas a examinar processos de auxílio.
É possível
que amanhã não mais consigas vê-lo com os olhos da própria carne.
Supõe-te ao
pé do companheiro sofredor, a quem desejas aliviar.
Não demores o
socorro preciso.
É provável
que o abraço de hoje seja o início de longo adeus.
Não adies o
perdão, nem atrases a caridade.
Abençoa, de
imediato, os que te firam com o rebenque da injúria, e ampara, sem condições,
os que te comungam a experiência.
Se teus pais,
fatigados de luta, são agora problemas em teu caminho, apóia-os com mais
ternura.
Se teus
filhos, intoxicados de ilusão, te impõem dores amargas, bendize-lhes a
presença.
Se o trabalho
espera por tuas mãos, arranja tempo para fazê-lo..
Se a
concórdia te pede cooperação, não retardes o atendimento.
Não percas a
divina oportunidade de estender a alegria.
Tudo o que
enxergas, entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas
e forças em movimento.
Faze, em cada
minuto, o melhor que puderes.
Seja qual for
a dificuldade, não desertes do amor que todos devemos uns aos outros. E se
recebes, em troca, pedra e ódio, vinagre e fel, sorri e auxilia sempre, porque
é possível estejas ainda hoje, na Terra, diante dos outros, ou os outros diante
de ti pela última vez.
Emmanuel,
Justiça Divina, psicografia de Chico Xavier.
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