ELEIÇÃO E ESCOLHA
Em todos os lugares, surgem os
chamados ao aperfeiçoamento, mas, em toda a parte, há poucos escolhidos porque
raros se elegem.
O Mestre Divino não destaca os
discípulos, à maneira dos ditadores terrestres que condecoram afeiçoados,
segundo o capricho que lhes é próprio.
Recebe nas culminâncias da
virtude e do serviço aqueles que souberam escalar a montanha do esforço
individual do bem.
Semelhante critério é idêntico
ao que adotamos na lide comum para assinalar os colaboradores necessários ao
trabalho que pretendemos realizar.
Num escritório, não aceitamos
auxiliares que se afastem do alfabeto.
Num campo de serviço agrícola,
não aceitamos a cooperação daqueles que menosprezam a enxada.
Num templo religioso, não
compreendemos o concurso de quem renega a fé e a esperança.
Num hospital, não entendemos a
presença de enfermeiros que detestam doentes.
Demonstra-nos a lógica que o
homem, pela boa vontade e pelo sacrifício no dever rigorosamente cumprido,
cresce sobre a multidão e se mostra digno de tarefa sempre mais nobres.
Se desejas, desse modo,
penetrar o colégio dos escolhidos de Jesus, começa hoje o teu ministério de
aplicação à prática viva dos seus ensinamentos.
Indiscutivelmente, o Senhor
escolherá o teu coração para brilhar no banquete da fraternidade e da luz, da
revelação e da graça, mas, antes disso, é imprescindível que te faças eleito
por ti mesmo, elevando a tua alma, acima do nivelamento em que se irmanam a
ignorância e a ociosidade, na terra seca ou enfermiça do menor esforço.
Emmanuel.
Livro: Harmonização.
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