Chico Xavier e o Ano Internacional da Criança
Chico Xavier/Emmanuel
Pedimos ao
confrade Francisco Cândido Xavier uma declaração sobre o Ano Internacional da
Criança.
Eis a mensagem
que nos proporcionou:
- Acreditamos
que esta legenda é um convite mais acentuado a nós todos que estamos encarnados
no Planeta Terrestre, a que abramos os olhos para compreender a condição do
Espírito que reinicia ou que inicia os seus passos na viagem da existência
física.
Acreditamos
que vamos, nós todos, com esta legenda – Ano Internacional da Criança – acordar
o coração para o dever que nos cabe junto aos nossos pequeninos, especialmente
quanto às mulheres, Às quais foi confiada a chave da vida.
Então, o
espírito da maternidade, tão sublimado quanto possível, não do ponto de vista
da santificação compulsória, mas de compromissos aos deveres assumidos,
imaginemos, por exemplo, determinada mãe, muito jovem, com possibilidades de
criar seu filho, com a robustez necessária, que peça os serviços de uma ama
para acalentar ou nutrir a criança, subtraindo-se da presença da criança e
fugindo ao diálogo com ela.
Não estamos
julgando ninguém, mas acreditamos que nós todos, aqueles que nascemos de mães
extremamente pobres no mundo material, tivemos o suficiente amor para crescer
bendizendo o nome de Deus, e para não perdermos o nosso sentido de fé numa vida
melhor, embora estejamos carregando, como sempre, muitas imperfeições.
Então, nossas
irmãs de hoje, enriquecidas pela civilização, por patrimônios materiais, se
pudessem fazer isto (não temos a menos idéia de desprestigiá-las), achamos que
teríamos grandes vantagens em nos ajustar ao espírito de proteção à criança de
que nós todos estamos necessitados, para não perder um fruto melhor. Porque
Deus determina e cria, mas o homem e a mulher são cooperadores de Deus.
Quando se faz
uma referência ao sexo, o confrade Francisco Cândido Xavier nos propiciou outra
mensagem, dizendo:
- Acreditamos
que o compromisso sexual entre duas pessoas dever ser profundamente respeitado.
Uma terceira pessoa em qualquer compromisso sexual é uma dificuldade a superar,
porque não podemos esquecer que a lesão sentimental é, talvez, mais importante
que uma lesão física. E alguém que prometeu amor a alguém deve se desincumbir
deste compromisso, com grandeza de pensamento e sem qualquer insegurança. Não
compreendemos a promiscuidade. Mas entendemos perfeitamente o relacionamento de
alma para alma, com o respeito que nós todos devemos uns aos outros.
Instado a
manifestar-se também sobre os vícios, o confrade Francisco Cândido Xavier ensejou-nos
nova e amorável mensagem:
- Não
entendemos o vício como sendo m problema de criminalidade, mas como um problema
de desequilíbrio nosso, diante das leis da vida.
E isto não
apenas no terreno em que o vício é o mais claramente examinado.
Por exemplo:
se falarmos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero.
Se bebermos
café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo
nos servir.
Quando falamos
a palavra vício habitualmente logo nos recomendamos do sexo.
Mas do sexo herdamos
nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família.
Tudo isso
recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo-nos
logo do sexo e do tóxico...
Mas o tóxico é
outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que
procuram uma fuga.
Não são
criminosos. São criaturas carentes de mais proteção, de mais amor.
Porque, se os
nossos companheiros enveredam pelo caminho do tóxico, eles procuram esquecer
algo.
E esse algo;
são eles mesmos.
Então,
precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre o vício.
Há pouco tempo
perguntamos ao Espírito de Emmanuel como é que ele definia um criminoso.
Ele nos disse:
- “O criminoso
é sempre um doente, mas se ele for culpado, só deve receber esse nome depois de
examinado por três médicos e três juízes”.
Depois, a uma
referência aos desequilíbrios políticos e sociais da Terra, o confrade
Francisco Cândido Xavier fez este oportuno lembrete.
- Pensamos com
aquela assertiva do nosso André Luiz, que é um Mentor que todos nós
respeitamos:
“Se cada um de
nós consertar por dentro tudo aquilo que está desajustado, tudo por fora estará
certo”.
(Transcrito do
SEI, no. 589 – “O Espírita Mineiro”, Belo Horizonte, Minas – julho/agosto/setembro
– 1979).
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