A
Lei de Deus permite:
Que
desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas
espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;
Que
tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da própria inteligência no-lo
permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de
todos;
Que
sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;
Que
sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;
Que
solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar
ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;
Que
sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera que perdoemos sem condições as
ofensas que se nos façam;
Que
usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los
sempre que necessário;
Que
se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa
convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila;
Que
erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base
de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção;
Enfim,
a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apóia ou desapoia, abate ou
exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós,
porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.
Albino
Teixeira
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